Missão conjunta entre ESA e Roscosmos levará rover e sonda a Marte em 2020
Por Patricia Gnipper | •
A missão ExoMars, projeto conjunto da agência espacial europeia ESA com a russa Roscosmos, já enviou em 2016 o orbitador Trace Gas Orbiter (TGO) a Marte, juntamente com a sonda Schiaparelli, esta que acabou apresentando defeitos poucos segundos antes do pouso, enquanto estava no processo de descida à superfície, chocando-se contra o solo. O próximo passo do projeto é o envio de um rover chamado Rosalind Franklin, desenvolvido pela ESA, que será lançado juntamente com a plataforma de aterrissagem russa Kazachok, que também servirá para fazer trabalhos científicos.
O TGO segue por lá estudando a presença de gases nobres em Marte e, em 2021, o novo rover começará sua missão de procurar por sinais antigos de vida por lá, auxiliado por uma perfuratriz capaz de alcançar dois metros de profundidade. E o provável local marciano onde isso vai acontecer deverá ser a região quase equatorial chamada Oxia Planum, que é rica em argilas e outros minerais resultantes de interações prolongadas com água em um passado bastante longínquo.
Já o estacionário Kazachok estudará o clima e a atmosfera marciana, medindo níveis de radiação e também procurando evidências de água em seus arredores. O equipamento já está construído e devidamente montado, e ambos Kazachok e Franklin agora seguem sendo testados — o que acontecerá até julho de 2020, quando está previsto o lançamento.
Em 2020, quem também vai enviar um novo rover a Marte é a NASA, com a missão Mars2020. Sendo assim, a partir de 2021 (quando ambas as missões estadunidense e russo-europeia chegarão a seu destino) a humanidade vai descobrir ainda mais coisas sobre Marte, desvendando mais mistérios e, quem sabe, confirmando que um dia realmente existiu vida no Planeta Vermelho.
Fonte: ESA