Mais de 30 mil asteroides próximos da Terra já foram descobertos
Por Danielle Cassita | Editado por Patricia Gnipper | 12 de Outubro de 2022 às 17h15
A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou a marca de 30.039 asteroides próximos da Terra (“NEA”, na sigla em inglês) já descobertos. Segundo a ESA, a maioria dos objetos rochosos foi identificada na última década, o que representa um forte indicativo dos avanços na habilidade de encontrar possíveis asteroides perigosos para nosso planeta.
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Os NEA são asteroides cujas trajetórias os trazem para pelo menos 45 milhões de quilômetros da órbita da Terra. No momento, estes asteroides representam cerca de 30% do milhão deles já encontrados no Sistema Solar, e a maioria deles fica no Cinturão de Asteroides, entre as órbitas de Júpiter e Marte.
Abaixo, você confere uma animação da órbita dos 14.099 asteroides no Sistema Solar identificados pela missão Gaia, da ESA:
Marco Micheli, astrônomo do Centro de Coordenação de Objetos Próximos da Terra (NEOCC), explica que qualquer asteroide encontrado próximo da Terra pode ser considerado um NEA, mas, apesar do nome, muitos deles são identificados longe do nosso planeta.
“Novos objetos são observados com o tempo, os movimentos deles são estudados e com apenas alguns pontos de dados de diferentes noites, a posição futura deles pode ser prevista”, disse. “Dependendo do número e da qualidade das observações, isso pode levar décadas e talvez até centenas de anos”, acrescentou.
Como são mais facilmente identificados, os grandes asteroides foram encontrados primeiro. Conforme os telescópios ficam mais sensíveis, novos asteroides de tamanhos variados são encontrados mais rapidamente — inclusive aqueles com algumas poucas dezenas de metros de extensão.
No momento, há 1.425 asteroides com chances “não zero” de impacto com a Terra. Estes objetos são acompanhados atentamente pela lista de Asteroides de Risco, do NEOCC, que é atualizada constantemente pela equipe do centro. O nome pode parecer assustador, mas vale lembrar que nenhum dos NEA conhecidos oferecem riscos para nosso planeta nos próximos 100 anos.
Fonte: ESA