Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Maior do mundo: radiotelescópio chinês FAST é aberto a cientistas estrangeiros

Por| 13 de Janeiro de 2021 às 14h45

Link copiado!

Ou Dongqu/Xinhua
Ou Dongqu/Xinhua

A China decidiu disponibilizar o radiotelescópio FAST (Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope) para cientistas de todo o mundo, e disse que pedidos de pesquisadores de outros países para usar as instalações serão aceitos já neste ano. Segundo informações da National Astronomical Observatories of China (NAOC), responsável pela operação do observatório, os cientistas podem se inscrever para usar o telescópio a partir de 1º abril.

De acordo com Jiang Peng, engenheiro-chefe do FAST, 10% do tempo de observação será destinado a cientistas estrangeiros neste primeiro período de abertura para a comunidade científica global. Depois, a ideia do comitê científico é que o radiotelescópio se torne cada vez mais aberto a equipes de outros países para que sua sensibilidade possa ser usada de diferentes formas na radioastronomia, o que desperta grande interesse internacional nele. Sun Jinghai, gerente de engenharia no local, espera alta procura por parte dos cientistas.

Continua após a publicidade

Essa novidade veio após o colapso do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, considerado o segundo maior radiotelescópio do mundo. Apesar de ter sido desativado em novembro, a plataforma do observatório acabou desabando em dezembro. Wang Qiming, inspetor-chefe de operações e desenvolvimento do FAST, relata ter visitado o observatório e levado influências para a China: “trouxemos muita inspiração da estrutura do Arecibo, que melhoramos gradualmente para construir nosso telescópio”, comenta.

Também conhecido como Tianyan — que, em mandarim, significa “O Olho do Céu” —, o radiotelescópio FAST levou 20 anos para ser construído e começou suas operações em setembro de 2016, mas só entrou em ação oficialmente em janeiro de 2020. O radiotelescópio é o maior e mais sensível no mundo, localizado em uma região onde construções próximas foram realocadas para evitar emissões eletromagnéticas que poderiam causar interferências nas operações e observações. 

Assim como era no Arecibo, os receptores do FAST também ficam suspensos acima de seu prato. Formada por 4.450 painéis triangulares que podem ser controlados por mais de 2 mil ganchos, a estrutura pode ser controlada para focar em diferentes áreas do céu e, com um prato mais profundo aliado ao sistema panorâmico, o FAST é capaz de observar uma área mais profunda do céu do que o Arecibo — mas, por outro lado, não pode investigar objetos próximos da Terra.

Os pesquisadores podem aproveitar a sensibilidade do observatório para realizar estudos em áreas variadas, como detectar pulsares, estudar a evolução das galáxias e origens do universo. Além disso, a instalação também contribui para estudos de emissões rápidas de rádio (FRB), magnetares e buscas por inteligência extraterrestre.

Continua após a publicidade

Fonte: Sky and Telescope, Phys.org