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Maior câmera digital já criada para a astronomia está completa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Abril de 2024 às 15h37

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J. Ramseyer Orrell/SLAC National Accelerator Laboratory
J. Ramseyer Orrell/SLAC National Accelerator Laboratory

A maior e mais sensível câmera já feita para a astronomia está completa. Desenvolvida para o telescópio Large Synoptic Survey Telescope (LSST), a câmera vai coletar uma quantidade de dados sobre o universo sem precedentes, e promete ser uma aliada poderosa em estudos que vão desde a energia escura até asteroides

O poderoso instrumento tem tamanho parecido com o de um carro pequeno e pesa mais ou menos três toneladas. Sua lente frontal tem mais de 1,5 metro de extensão, sendo a maior lente já construída para estudos astronômicos. A outra lente mede 90 cm, e foi desenhada especialmente para selar a câmara de vácuo que abriga o plano focal da câmera. 

A característica mais importante da Câmera LSST é a sua capacidade de registrar detalhes em um campo de visão tão grande que, para exibir apenas uma das suas imagens em tamanho real, seriam necessárias centenas de TV de altíssima definição. 

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"Suas imagens são tão detalhadas que poderiam registrar uma bola de golfe a cerca de 25 quilômetros de distância, cobrindo uma faixa do céu sete vezes maior que a Lua cheia”, descreveu Aaron Roodman, professor líder do programa da câmera. 

O objetivo principal da câmera do LSST é mapear as posições e brilho de vários objetos no céu noturno. O catálogo produzido vai ajudar pesquisadores a estudarem fenômenos como lentes gravitacionais fracas, formadas por distorções discretas na luz causadas por galáxias ao fundo. 

Os cientistas e engenheiros do Departamento de Energia do Laboratório Nacional do Acelerador SLAC, junto de colegas, levaram duas décadas para terminar a câmera. Ela já passou por testes, e agora que está pronta, vai ser preparada para viajar até o Chile. Depois, o componente vai ser enviado ainda neste ano ao Telescópio Simonyi, a mais de 2,7 km de altitude. 

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O telescópio vai fazer parte do Observatório Vera C. Rubin, atualmente em construção. Quando iniciar suas operações, o novo observatório vai passar 10 anos capturando 500 petabytes de imagens e dados, que vão ajudar os cientistas a responderem perguntas sobre a estrutura e evolução do universo.

Fonte: NOIRLab