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James Webb passa por teste de instrumentos e fica mais perto do lançamento

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Março de 2021 às 18h30

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O Telescópio Espacial James Webb está cada vez mais perto do aguardado (e atrasado) lançamento. A NASA anunciou nesta segunda-feira (1°) que o instrumento passou pelos testes finais de desempenho funcional nas instalações da empresa Northrop Grumman, em Redondo Beach, Califórnia. Os próximos passos serão a dobra final de seu protetor solar e a instalação final de seu espelho.

Com uma década de atraso, o James Webb foi planejado para substituir o telescópio Hubble (lançado em 1990 e ainda totalmente operacional) com novas tecnologias desenvolvidas os últimos 30 anos. O novo observatório orbital será capaz de coletar dados do Cinturão de Kuiper, quasares distantes e, provavelmente, vai detectar as primeiras estrelas e galáxias que nasceram no universo primitivo, uma região do cosmos que os astrônomos ainda não puderam ver.

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As equipes de teste confirmaram que todos os componentes eletrônicos internos do James Webb estão funcionando corretamente e que seus quatro instrumentos científicos podem enviar e receber dados, conforme o planejado, através da mesma rede que será usada quando ele estiver no espaço. De acordo com os resultados obtidos pelos técnicos e engenheiros, telescópio sobreviverá mecânica e eletronicamente às turbulências do lançamento, que deve ocorrer em outubro deste ano.

Para concluir os testes, foram necessários 17 dias experimentando todos os componentes elétricos, simulando as operações planejadas pela equipe da missão para garantir que cada detalhe dos instrumentos estava funcionando e se comunicando. Durante o teste, todos os comandos foram inseridos corretamente no sistema e todas as caixas elétricas de redundância e backups funcionaram conforme o desejado. Além disso, as informações de telemetria recebidas nas simulações estavam todas corretas.

Depois dos testes dos sistemas, os técnicos realizaram uma avaliação conhecida como teste de segmento solo, que diz mais respeito aos sistemas operados pelo controle da missão na Terra, responsável por funções como rastrear e identificar os sinais, enviar comandos e receber dados de telemetrias. Todo o processo foi simulado, desde o planejamento de observações científicas até a postagem dos dados científicos para que a comunidade de pesquisadores possa acessar. Nesse teste, o telescópio é tratado como se estivesse no espaço, completamente operacional. Um equipamento especial foi usado para emular a conexão de rádio real que existirá entre o James Webb e a equipe.

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Quando observatório espacial estiver na órbita terrestre, os comandos do Space Telescope Science Institute (STScI) serão enviados para um dos três locais do sistema de comunicações Deep Space Network — Goldstone (Califórnia), Madri (Espanha) ou Canberra (Austrália). Então, o local que receber os sinais enviará para o James Webb. Todo esse “ecossistema” de transmissão de dados foi testada com sucesso.

Cientistas do mundo inteiro aguardam ansiosos pelo lançamento do James Webb, que será o maior observatório orbital da Terra. O projeto é parte de um programa internacional liderado pela NASA, com parceiros da ESA e da agência espacial canadense. A Northrop Grumman Space Technology, empresa onde os testes finais de desempenho foram realizados, é a principal empreiteira responsável pelo desenvolvimento e pela integração do telescópio.

Fonte: NASA