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James Webb desvenda atmosfera e temperatura de subnetuno misterioso

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (IPAC)
NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (IPAC)

O exoplaneta GJ 1214 b, coberto por uma névoa que esconde sua atmosfera há anos, ficou um pouco menos misterioso. Graças a novas observações do telescópio James Webb, os cientistas descobriram que ele é um mundo altamente refletivo, coberto por uma atmosfera de vapor.

Localizado a cerca de 48 anos-luz, o GJ 1214 b é considerado um subnetuno e foi escolhido para observações com o Webb durante seu primeiro ano de operações. “A atmosfera do planeta permaneceu totalmente escondida de nós até estas observações”, disse Eliza Kempton, autora principal do artigo que descreve as descobertas sobre o planeta.

Para atravessar esta barreira e conseguir observar características do planeta, os pesquisadores decidiram monitorá-lo ao longo de quase uma volta completa ao redor da estrela com o instrumento Mid-Infrared Instrument (MIRI), do Webb. Como resultado, eles conseguiram criar um mapa de calor do planeta ao longo de sua órbita.

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O mapa revelou diferenças de temperatura de 279 ºC a 165 ºC no lado diurno e noturno, respectivamente. Isso indica que o planeta deve ter atmosfera formada por moléculas pesadas, como água ou metano, que correspondem aos dados obtidos pelo instrumento, e pode revelar pistas importantes sobre a formação do planeta.

Para Kempton, ele não tem uma atmosfera primordial. “Ou ele perdeu muito hidrogênio, se tiver começado com uma atmosfera rica no elemento, ou foi formado a partir de compostos mais pesados, com mais gelo e mais ricos em água”, propôs ela.

Outra surpresa é que o planeta é muito mais frio do que os pesquisadores esperavam. A atmosfera dele é tão brilhante que ela reflete grande parte da luz vinda da estrela, ao invés de absorvê-la. Ainda, o novo estudo sugere que o GJ 1214 b pode ter sido formado mais longe de sua estrela, mas depois se aproximou dela.

Mais observações são necessárias para os cientistas descobriram mais detalhes sobre o GJ 1214 b, que podem ajudar a entender melhor a formação de outros mundos semelhantes. “Ao observar uma população completa de objetos assim, esperamos conseguir construir uma história consistente”, finalizou Kempton.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature.

Fonte: Nature; Via: NASA

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