Hubble tira foto de Júpiter que mostra planeta na luz ultravioleta
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
A NASA publicou uma nova foto de Júpiter tirada pelo telescópio Hubble. A imagem mostra o planeta na luz ultravioleta, revelando características de sua atmosfera de uma nova forma — a Grande Mancha Vermelha, por exemplo, aparece em azul na imagem.
Ela é a maior tempestade do Sistema Solar, e aparece em tons escuros porque as névoas, presentes a altas altitudes sobre a mancha, absorvem os fótons do ultravioleta antes que sejam refletidos para a Terra.
Como os olhos humanos não conseguem detectar os comprimentos de onda do ultravioleta, a imagem recebeu cores do espectro da luz visível (que, como o nome indica, pode ser visto por nossos olhos), determinadas a partir de diferentes filtros do ultravioleta.
O resultado é a imagem abaixo:
Segundo a NASA, os dados usados para criar esta imagem fazem parte de uma campanha de observações com o Hubble, focada em estudos dos sistemas de tempestades por lá. Depois, os cientistas planejam mapear as nuvens de água com os dados obtidos, que vão permitir definir as estruturas tridimensionais na atmosfera do planeta.
A nova foto foi publicada após o gigante gasoso chegar ao perigeu entre os dias 1 e 2 de novembro. Durante o perigeu, o planeta estava na proximidade máxima em relação à Terra, ficando a 595 milhões de quilômetros do nosso planeta. Entre os dias 2 e 3 de novembro, Júpiter chegou à oposição, parecendo maior e mais brilhante no céu.
Esta não é a primeira vez que o telescópio Hubble tira fotos de Júpiter em outros comprimentos de onda. Em 2020, a NASA publicou imagens do planeta feitas por diferentes observatórios, que mostram nosso vizinho no infravermelho, luz visível e também no ultravioleta.
O que é a luz ultravioleta
A luz ultravioleta é formada por comprimentos de onda menores que aqueles da luz visível, de modo que não conseguimos vê-la. Grande parte da radiação ultravioleta é absorvida pela atmosfera e, para estudá-la, os cientistas trabalham com dados obtidos por satélites na órbita terrestre.
Ela permite que astrônomos analisem as variações na luz das estrelas mais quentes e jovens, que normalmente fica escondida em meio à poeira de galáxias locais, e também revela a composição e temperatura do material entre as estrelas.
Fonte: NASA