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Galáxia evoluída "demais" no universo jovem intriga cientistas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Fevereiro de 2024 às 17h08

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NASA/ESA/CSA/STScI
NASA/ESA/CSA/STScI

Uma galáxia distante e antiga surpreendeu os astrônomos ao apresentar massa duas vezes maior que a da Via Láctea, em uma época em que o universo ainda era jovem. A rapidez com que ela se formou e evoluiu é um desafio para os modelos astronômicos atuais.

Descoberta há mais de dez anos, a galáxia ZF-UDS-7329 sempre foi um enigma para os cientistas, mas a limitação dos telescópios de infravermelho da época impediu as medições precisas do objeto.

Com o telescópio James Webb, a história mudou: os pesquisadores finalmente confirmaram que a galáxia está a 11,5 bilhões de anos-luz de distância, ou seja, eles observaram como ela era naquela época.

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O problema é que essa mesma luz revela que essa galáxia já tinha uma população enorme de estrelas há 13 bilhões de anos. Sua massa estelar total corresponde ao dobro da massa da Via Láctea, que levou vários bilhões de anos para chegar no estágio atual.

Isso significa que, quando o universo tinha apenas cerca de 700 milhões de anos, a ZF-UDS-7329 tinha características muito “avançadas” para a época. A rapidez com que se formou pode levar os cientistas a revisarem tudo o que sabem sobre a evolução galáctica.

Essa não é a primeira vez que astrônomos se deparam com esse tipo de mistério. Em 2020, por exemplo, foi descoberto que a galáxia DLA0817g também evoluiu rápido demais no universo jovem, também desafiando os modelos astronômicos vigentes.

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O fato de galáxias como essas serem encontradas com o James Webb pode indicar duas coisas. Essas descobertas não foram feitas antes por limitação dos instrumentos, então outras ainda devem ser detectadas pelo Webb e pelos instrumentos de próxima geração

Outra possibilidade é que há algo faltando nos modelos de galáxias ou na compreensão sobre a matéria escura, que é um dos elementos mais importantes na formação galáctica

O artigo descrevendo a descoberta foi publicado na Nature.

Fonte: NatureUniversidade de Tecnologia de Swinburne