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Galáxia anã que não deveria existir é encontrada e intriga cientistas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Fevereiro de 2024 às 06h00

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The Astrophysical Journal Letters
The Astrophysical Journal Letters

Astrônomos encontraram uma galáxia anã extremamente rara que foge de todas as previsões teóricas sobre a evolução galáctica. O objeto, chamado PEARLSDG, está isolado, longe de qualquer outra galáxia e não produz novas estrelas.

Enquanto observava um aglomerado de galáxias com o telescópio James Webb, uma equipe liderada por Tim Carleton, da Universidade Estadual do Arizona, encontrou uma galáxia anã no lugar mais improvável possível: no meio do “nada”, isto é, completamente isolada.

Nos modelos aceitos atualmente, as galáxias anãs orbitam as grandes galáxias. É como ocorre com a Via Láctea: ela é cercada pelas chamadas galáxias satélites, incluindo as galáxias Grande e Pequena Nuvem de Magalhães.

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Como o nome indica, as galáxias anãs são pequenas e têm baixa luminosidade, mas são as mais abundantes no universo. As galáxias grandes como a nossa evoluíram a partir das colisões com esses objetos menores.

A descoberta da PEARLSDG, no entanto, coloca esse cenário em xeque, ao menos por enquanto. Localizada em uma área onde não era esperado encontrar nada, a anã também é considerada quiescente, ou seja, não produz novas estrelas.

O objeto está a uma distância de 98 milhões de anos-luz da Terra e o Webb não apenas foi capaz de detectá-la, como também de registrar estrelas individuais. Os dados do espectrógrafo DeVeney, no telescópio Lowell Discovery, também ajudaram a equipe na descoberta.

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Considerando que, a princípio, nada no universo deve ser considerado uma excessão, os cientistas sugerem a possibilidade de existirem muitas outras galáxias anãs quiescentes isoladas, apenas aguardando serem descobertas. No entanto, ainda é cedo para saber as implicações disso nas teorias e modelos astronômicos atuais.

A pesquisa foi parte do projeto PEARLS, que investiga áreas extragalácticas com o James Webb, e foi publicada no The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: Arisona State UniversityThe Astrophysical Journal Letters