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FRBs com dez microssegundos de duração são observadas pela 1ª vez

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Outubro de 2023 às 19h00

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CHIME/MIT News
CHIME/MIT News

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu as primeiras rajadas ultrarrápidas de rádio (FRB), com duração na escala de microssegundos. Apesar de muito mais curtas que todas as FRBs já detectadas, elas foram encontradas junto dos sinais de outra explosão maior, sugerindo que ambas foram produzidas pelo mesmo objeto.

Rajadas rápidas de rádio são eventos que liberam mais energia em um milissegundo do que o Sol em três dias. Sem nenhuma explicação unânime, permanecem como um dos mistérios mais intrigantes da astrofísica atual, embora alguns astrônomos sugiram que os responsáveis sejam os magnetares ou o nascimento de buracos negros.

Normalmente, as FRBs têm alguns milissegundos, ou até mesmo alguns segundos de duração. A rajada recém-descoberta é da escala de microssegundos, “mais de dez vezes mais curtas do que todas as outras FRBs conhecidas”, escreveram os autores.

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A equipe, liderada pelo pesquisador Mark Snelders da Universidade de Amsterdã, já havia cogitado em 2022 a existência dessas rajadas com menos de um milissegundo. Para buscar a confirmação, eles usaram um arquivo público do projeto Breakthrough Listen, com dados coletados do Telescópio Green Bank, nos Estados Unidos.

O arquivo continha cerca de cinco horas de dados da FRB 20121102A, rajada detectada em 2018 que foi a primeira repetitiva já descoberta. Com isso, a equipe teve à sua disposição uma série de imagens semelhantes a frames de um vídeo, que permitiu dividir cada segundo em meio milhão de imagens individuais.

Para procuras os candidatos a rajadas ultrarrápidas nessa imensisão de dados, eles recorreram ao aprendizado de máquina, que detectou oito explosões que duraram apenas cerca de dez microssegundos. Essas explosões ultrarrápidas são parte da mesma emissão da FRB 20121102A e, portanto, vieram da mesma fonte.

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Segundo os autores, o estudo publicado na Nature Astronomy “mostra que existe uma população de rajadas de rádio ultrarrápidas que faltam nas atuais pesquisas de FRBs de campo amplo devido à resolução de tempo insuficiente”.

Fonte: Nature Astronomy; via: Phys.org