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Forte explosão solar causa apagão de rádio na América do Sul

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NASA/GSFC/SDO
NASA/GSFC/SDO

Uma forte explosão aconteceu no Sol na sexta-feira (9). O fenômeno foi de alta intensidade e chegou ao auge às 10h10 no horário de Brasília, causando blecautes de rádio em partes da América do Sul, da África e do Atlântico sul. 

A emissão de partículas veio da mancha solar AR3576, a mesma que originou uma explosão de classe M e erupção de partículas de plasma na semana passada — esta mancha é tão grande que foi fotografada pelo rover Perseverance, em Marte.

Esta explosão foi classificada como X, categoria que inclui aquelas com maior intensidade. 

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A boa notícia é que a mancha se moveu na quinta-feira (8), o que fez com que a Terra escapasse do impacto direto das partículas da explosão. Em uma publicação no X/Twitter, o heliofísico Alex Young ressaltou que a erupção estava acompanhada de uma onda coronal, que indica a ocorrência de uma ejeção de massa coronal.

As ejeções de massa coronal são grandes emissões de plasma e campos magnéticos do Sol, e se atingirem a Terra, podem causar tempestades geomagnéticas. Como a mancha que causou o fenômeno estava no extremo sul do Sol, é pouco provável que as partículas do fenômeno tenham impactado diretamente nosso planeta. 

Mesmo assim, as emissões de raios X e radiação ultravioleta liberadas pelos fenômenos causaram blecautes de rádio em uma área ampla. Como o Sol está se aproximando do período de maior atividade em seu ciclo, mais eventos do tipo devem acontecer. 

Se tiverem alta intensidade, as erupções solares e as ejeções de massa coronal podem causar problemas para satélites no espaço e nos sistemas elétricos na Terra. Por isso, cientistas que estudam o clima espacial e nosso astro monitoram atentamente a atividade solar.