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Existem menos asteroides perigosos do que cientistas pensavam?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay
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Talvez a quantidade de asteroides perigosos perto da Terra seja menor do que os cientistas pensavam. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Maryland, que analisaram uma região de detritos espaciais que poderia abrigar objetos perigosos para nós.

Eles trabalharam com os detritos rochosos Táuridas, os fragmentos do cometa Encke que são também os responsáveis pela chuva de meteoros Táuridas. Por muito tempo, os astrônomos suspeitavam que o local era o lar de asteroides ocultos e perigosos.

Só que ainda faltava confirmar ou descartar a existência destes objetos. Antes deste estudo, os pesquisadores suspeitavam que o grupo de rochas tivesse também asteroides com até 100 km de diâmetro — e se algum objeto assim atingir a Terra, os danos regionais seriam vastos. 

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É aqui que entra o novo estudo. “Aproveitamos a rara oportunidade de este enxame de asteroides passar mais perto da Terra, nos permitindo procurar com mais eficiência objetos que possam colocar nosso planeta em risco”, explicou Quanzhi Ye, cientista da universidade.

Segundo ele, os resultados mostram que o risco de a Terra ser atingida por algum asteroide grande em meio aos Táuridas é muito menor do que se pensava. “Felizmente, descobrimos que é provável que haja apenas um punhado de asteroides — talvez apenas de nove a 14 deles — que se encaixem nessa classe de tamanho grande no enxame”, acrescentou ele.

A equipe suspeita que o objeto que criou o grupo de detritos tinha mais chances de medir 10 km de diâmetro do que 100 km. “Embora ainda precisemos estar atentos para os [riscos de] impactos de asteroides, provavelmente podemos dormir mais tranquilos após saber estes resultados”, finalizou. 

Os resultados mostram também a importância de estudar os Táuridas, já que ali há pistas importantes sobre processos de evolução planetária e, claro, sobre o cometa Encke. “Estudar os Taurídeos nos ajuda a entender como pequenos corpos celestes, como cometas e asteroides, se formam e se fragmentam ao longo do tempo”, acrescentou Ye.

“Nossa pesquisa tem implicações não apenas para a detecção de asteroides e defesa planetária, mas também para nossa compreensão mais ampla dos objetos do Sistema Solar”, finalizou.

As descobertas foram apresentadas durante a reunião anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana.

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Fonte: UMD