Europa Clipper é aprovada para explorar oceano em lua de Júpiter
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
A NASA aprovou na segunda (9) o lançamento da Europa Clipper, missão que vai explorar o possível oceano oculto sob a crosta congelada de Europa, lua de Júpiter. O avanço foi liberado após a agência espacial analisar como a sonda vai se sair para enfrentar a radiação que vai encontrar.
A Europa Clipper apresentou alguns problemas em seus transistores e em outros componentes, levando a dúvidas sobre o quão resistentes seriam. Como o lançamento está programado para outubro, a NASA agilizou os testes para verificar se os componentes eletrônicos poderiam sobreviver à missão.
Jordan Evans, gerente do projeto da Europa Clipper, acredita que os transistores devem sofrer degradação quando a sonda for exposta à pior quantidade de radiação durante seus 49 sobrevoos por Europa. A boa notícia é que os dispositivos devem se recuperar durante os intervalos de três semanas entre cada encontro.
De acordo com ele, a equipe tem grande confiança em que vai conseguir completar a missão original e que vão explorar Europa conforme o planejado. “Estamos prontos para Júpiter”, afirmou.
O cronograma permanece o mesmo, ou seja, a Europa Clipper deve ser lançada em 10 de outubro com um foguete Falcon Heavy. A data foi escolhida para aproveitar o alinhamento entre a Terra e Marte, os quais vão fornecer assistência gravitacional para a missão.
Após seu lançamento, a sonda vai viajar por seis anos até alcançar o sistema do gigante gasoso, e depois vai orbitar o planeta a cada três semanas. A Europa Clipper deve realizar dezenas de sobrevoos pela lua Europa, ficando a apenas 25 km da sua superfície e usando seus instrumentos para mapear a lua.
Europa não foi escolhida por acaso. É que ali parece existir um vasto oceano, cuja ocorrência deve ser confirmada pela Europa Clipper — que também promete determinar se esta lua joviana é capaz de abrigar a vida como conhecemos. “Esta é uma missão épica. É a nossa chance de explorar não um mundo que pode ter sido habitável há bilhões de anos, mas um que pode ser habitável hoje, agora mesmo”, comentou Curt Niebur, cientista do programa da sonda.
Fonte: AP