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Este buraco negro é 30 bilhões de vezes mais massivo que o Sol

Por| Editado por Patricia Gnipper | 29 de Março de 2023 às 12h36

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ESA/Hubble, Digitized Sky Survey, Nick Risinger, N. Bartmann
ESA/Hubble, Digitized Sky Survey, Nick Risinger, N. Bartmann

Um buraco negro com mais de 30 bilhões de massas solares foi encontrado graças a uma lente gravitacional e simulações computacionais. Liderada por Dr James Nightingale, físico da Universidade de Durham, no Reino Unido, a descoberta representa a primeira vez em que um objeto do tipo é descoberto com a ajuda de uma lente gravitacional.

Apesar de o anúncio ter acontecido nesta quarta-feira (29), a descoberta começou em 2004, quando o astrônomo Alastair Edge estava analisando imagens de um estudo de galáxias e encontrou um grande arco vindo de uma lente gravitacional. As lentes gravitacionais ocorrem quando o campo gravitacional de algum objeto massivo, como uma galáxia, distorce e causa um efeito de ampliação da luz de outro objeto ao fundo.

Depois de quase 20 anos, os pesquisadores deram uma nova analisada no que Edge havia observado. Desta vez, eles trabalharam com dados do telescópio Hubble e com o supercomputador DiRAC COSMA8, que os ajudou a explorar o arco. Durante as simulações, eles adicionaram buracos negros de diferentes massas que, consequentemente, causariam diferentes alterações na jornada da luz à Terra.

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A animação abaixo representa a lente gravitacional e algumas das simulações realizadas pelos pesquisadores:

Quando colocaram um buraco negro ultramassivo na jogada, eles descobriram que o caminho percorrido pela luz da galáxia distante, até a Terra, correspondia ao caminho registrado nas fotos do Hubble. Doi assim que eles encontraram o objeto, que estava na galáxia à frente da outra. “As lentes gravitacionais nos permitem estudar buracos negros inativos, algo que não é possível atualmente com galáxias distantes”, disse Nightingale.

Ele descreve que o buraco negro em questão tem quase 30 bilhões de vezes a massa do Sol, sendo um dos maiores já detectados. “Ele está no limite máximo do quão grandes acreditamos que os buracos negros podem teoricamente se tornar, então é uma descoberta bastante empolgante”, acrescentou. Além disso, o estudo abre a oportunidade para astrônomos encontrarem ainda mais buracos negros inativos e ultramassivos, para investigar como estes cresceram tanto.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society; Via: Durham University