Galáxia duplicada por lente gravitacional ganha formato "cativante"
Por Daniele Cavalcante • Editado por Rafael Rigues |
![ESA/Hubble/NASA/J. Rigby](https://t.ctcdn.com.br/F4X3_cj5ACGDbs_OzrfYeYEf8AM=/640x360/smart/i614037.jpeg)
O telescópio Hubble registrou mais uma galáxia com efeito de lente gravitacional; dessa vez, com um resultado "cativante", nas palavras da Agência Espacial Europeia (ESA). Ao ter sua luz distorcida por um objeto massivo mais próximo, a galáxia SGAS J143845+145407 foi duplicada, como se estivesse na frente de um espelho.
- Sol pode servir como lente de aumento para observar a superfície de exoplanetas
- Hubble observa supernova "multiplicada" graças a efeito de lente gravitacional
Lentes gravitacionais são um fenômeno muito útil para os astrônomos porque, às vezes, revelam objetos muito distantes e fracos, difíceis (ou até impossíveis) de observar de outro modo. Por isso, encontrar uma delas em imagens de telescópios é sempre algo algo positivo. Por exemplo, na primeira imagem colorida do James Webb há galáxias muito afastadas ampliadas por lente gravitacional.
Nem sempre o resultado da lente é igual. Às vezes, a imagem da galáxia de fundo é replicada várias vezes ao redor da lente, enquanto outras lentes exibem a luz que vem de longe como um arco distorcido ou até mesmo um anel. Mesmo nesse segundo caso, com a galáxia de fundo completamente esticada e retorcida na imagem, os cientistas conseguem se aproximar do formato real por meio de softwares e algoritmos.
Com a galáxia SGAS J143845+145407, o resultado foi interessante não somente aos olhos dos cientistas, mas do público geral também. A lente duplicou o objeto no centro da imagem e lhe deu um formato curioso.
Para os astrônomos, o mais importante da distorção de uma lente gravitacional é a ampliação, pois permite coletar informações como distância, idade, densidade e brilho da galáxia de fundo.
Fonte: ESA