ESA testa rover lunar em vulcão na Terra
Por Danielle Cassita • Editado por Rafael Rigues | •

O projeto ARCHES Space-Analog Demonstration está em andamento no Monte Etna, um dos vulcões mais altos do mundo. Conduzido pelo Centro Alemão Aeroespacial (DLR) e pela Agência Espacial Europeia (ESA), o projeto é um estudo lunar análogo focado na exploração robótica, e pretende avaliar operações e tecnologias que permitam uma missão para a coleta de amostras na Lua. O estudo ajudará na conclusão da campanha Analog-1.
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A ideia é que tal missão envolva um astronauta na futura estação Gateway, que ficará na órbita lunar, um rover operado na Terra e expertise em outros centros de controle em solo. Isso será colocado em prática com uma simulação, na qual o astronauta Thomas Reiter estará a mais de 20 km de distância do vulcão, em uma cidade próxima, e tentará controlar o rover estacionado a 2,6 km de altitude na encosta do Etna.
O rover pesa 300 kg, e será uma das estrelas principais do projeto. Ele está equipado com uma garra, braços com câmeras e um mastro, e poderá produzir uma série de imagens do ambiente. Ele foi projetado com controles que incorporam feedbacks de força, de modo que os astronautas possam experimentar o peso e a rigidez de rochas, e outras características das superfícies planetárias como o rover as "conheceu".
A distância imita as condições de controle remoto que os astronautas vão encontrar quando estiverem a bordo da estação Gateway. Depois, outra semana de atividades do projeto será dedicada a três testes, que vão imitar as situações antes e depois da montagem da estação, além de diferentes formas como os astronautas e rovers podem trabalhar juntos na superfície lunar.
Esta não é a primeira vez que o veículo é usado em projetos do tipo — em 2019, o astronauta Luca Parmitano o controlou remotamente, enquanto estava a bordo da Estação Espacial Internacional. De acordo com a ESA, robôs deste tipo são tecnologias que terão papel essencial para conduzir pesquisas em ambientes que vão desde as profundezas dos oceanos na Terra até as superfícies da Lua e Marte.
Fonte: ESA