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Equipe do Perseverance analisa rocha "candidata" à próxima coleta de amostras

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Agosto de 2021 às 14h10

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech
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O rover Perseverance, da NASA, segue explorando Marte em busca de sinais deixados por antigas formas de vida microbianas, caso tenham existido. Assim, no início de agosto, o rover realizou sua primeira tentativa de coleta de amostras, que acabou “desaparecendo”. Agora, a equipe de cientistas do Perseverance se prepara para uma nova tentativa, que poderá começar na próxima semana caso escolham seguir com uma rocha já identificada.

Antes de o processo começar, o rover irá usar seu braço robótico para investigar uma rocha apelidada de “Rochette”, para os cientistas observarem seu interior e determinarem se realmente tentarão capturar a amostra dali. Se seguirem com a amostragem de Rochette, o material obtido deverá ser um pouco mais espesso que um lápis, e ficaria armazenado em um dos tubos de titânio do rover.

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A nova coleta acontecerá após uma tentativa realizada no dia 6 de agosto, em que o rover tentou obter amostras de uma rocha quebradiça demais, que se rompeu em pedaços tão pequenos que não puderam ser retidos no tubo. Desde aquele dia, o Perseverance já percorreu cerca de 450 m com destino a uma formação geológica apelidada de “Citadelle” (que significa “castelo”, em francês), como referência à “vista” que o local proporciona para o interior da cratera Jezero. Essa região conta com uma camada de rochas que parece resistir à ação do vento, ou seja, ela pode também ser firme o suficiente para resistir à coleta das amostras.

Enquanto estiver por lá, o rover usará o radar RIMFAX para observar as camadas subterrâneas de Citadelle. Vivian Sun, cientista da missão no Laboratório de Propulsão a Jato na NASA, explica que há rochas possivelmente mais antigas na região à frente. “Então, ter essa amostra mais jovem poderá nos ajudar a reconstituir toda a linha do tempo da cratera Jezero”, explicou. Além disso, a nova tentativa terá uma pequena diferença: após usar a câmera Mastcam-Z para observar o interior do tubo, o rover irá pausar a sequência de coleta para observar a imagem e, assim, garantir que haja um núcleo de rocha no tubo.

Após confirmar que tudo deu certo, o Perseverance receberá poderá selar o tubo para que, futuramente, seja retornado à Terra — incluindo o da primeira coleta, já que, embora não tenha as rochas planejadas inicialmente, contém amostras da atmosfera marciana. “Ao levar as amostras à Terra, esperamos responder uma série de perguntas científicas, incluindo a composição de atmosfera de Marte”, explicou Ken Farley, cientista de projeto do Perseverance. “É por isso que estamos interessados na amostragem atmosférica, junto das amostras de rochas”.

Fonte: NASA