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Empresas dos EUA e Canadá fecham acordos para lançamentos na Base de Alcântara

Por| Editado por Patricia Gnipper | 29 de Abril de 2021 às 14h00

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Agência Espacial Brasileira
Agência Espacial Brasileira

Essa semana foi de grande expectativa para o Programa Espacial Brasileiro: a Aeronáutica prometeu apresentar as primeiras parcerias fechadas com empresas privadas para o uso do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. Durante o evento, a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC) e a Força Aérea Brasileira anunciaram as quatro empresas — entre elas, três estadunidenses e uma canadense — que foram selecionadas.

Foram escolhidas a Hyperion, Orion AST e Virgin Orbit, dos Estados Unidos, além da canadense C6 Launch, que agora avançam para negociações contratuais para, futuramente, realizar lançamentos de veículos orbitais e suborbitais com as instalações da base. Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, comentou que o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro é algo aguardado há mais de 30 anos, tanto pelo país quanto pelas famílias que moram nos arredores da base: "esse é um momento ímpar de alinhamento entre todos os setores para o desenvolvimento do nosso programa espacial, muita coisa ainda vem aí", disse.

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Em sua fala, Pontes relembrou o lançamento de quatro satélites brasileiros, realizados desde 2019, e destacou também parcerias internacionais como aquela realizada com o programa Artemis, da NASA, que tem o objetivo de levar astronautas novamente para a Lua e estabelecer a presença sustentável por lá. Nisso, a participação brasileira na iniciativa será voltada para a produção e desenvolvimento de pequenos equipamentos robóticos.

Os acordos são o resultado de um chamamento público iniciado no ano passado. Com as novas parcerias, as primeiras atividades podem ser iniciadas nas instalações da base entre o fim de 2021 e início de 2021. Segundo Carlos Moura, presidente da AEB, Alcântara poderá comportar desde veículos de lançamentos únicos até empresas que queiram utilizar as instalações para lançamentos contínuos — mas, pelo menos neste momento inicial, o foco deverá ficar nos lançamentos de nanossatélites.

Já o tenente-brigadeiro Baptista Junior, comandante da Aeronáutica, ressaltou a trajetória do Programa Espacial Brasileiro e as novas tecnologias, que vêm atraindo investidores: "a miniaturização de satélites, a incorporação de soluções inovadoras, ampliação de serviços e presença cada vez mais marcante da iniciativa privada, fazem o newspace se avizinhar como a nova fronteira da exploração do espaço", comentou ele.

De acordo com o tenente, o interesse nessas atividades vem crescendo, o que é indicativo da confiança que os investidores possuem no futuro do setor. A AEB vem tentando atrair empresas comerciais por meio das vantagens proporcionadas pela base de Alcântara, que fica a aproximadamente 2º18’ a sul do equador, uma localização bastante privilegiada que fornece boa capacidade angular de órbitas e permite que os custos de lançamentos sejam reduzidos em até 30%. Além disso, a base fica próxima do mar, o que permite lançamentos em órbitas polares e orbitais.

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Fonte: AEB