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Ejeção de massa coronal canibal deve causar tempestade solar intensa

Por| Editado por Patricia Gnipper | 30 de Novembro de 2023 às 17h08

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NASA/SDO
NASA/SDO

Várias ejeções de massa coronal devem chegar à Terra em breve. As primeiras foram liberadas pelo Sol na terça-feira (28), e outra, no dia seguinte. Agora, elas viajam juntas pelo espaço, formando uma ejeção de massa coronal canibal capaz de causar uma tempestade geomagnética intensa.

Segundo uma publicação da Administração Nacional Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA), já havia três ejeções de massa coronal (ou apenas CME, na sigla em inglês) a caminho. Uma quarta CME foi liberada pelo Sol, levando o NOAA a atualizar as previsões da intensidade da tempestade geomagnética que deve ocorrer.

Para entender, considere que a agência classifica as tempestades geomagnéticas em uma escala que vai do nível G1 (mais fracas) ao G5 (mais intensas). Os eventos mais leves podem causar impactos pequenos em redes elétricas e em operações de satélites.

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Com as novas CMEs, a NOAA prevê que a tempestade deve ser do nível G3, com intensidade suficiente para alterar o arrasto atmosférico nos satélites e causar falhas em sistemas de radionavegação. Já as G5 são as mais extremas, e têm potencial para causar problemas significativos em sistemas de proteção elétrica.

Se o impacto das CMEs canibais for como o esperado, podem acontecer fenômenos parecidos com aqueles do dia 5 de novembro, quando houve uma tempestade do nível G3. Na ocasião, a tempestade geomagnética foi tão intensa que causou auroras boreais mais ao sul do que o comum e até o STEVE, um fenômeno luminoso cuja formação intriga os cientistas.

O que são ejeções de massa coronal

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As ejeções de massa coronal (CMEs) são grandes bolhas de plasma da coroa solar, a parte mais externa da sua atmosfera. Elas costumam acontecer junto das erupções solares — foi o caso dos eventos ocorridos nesta semana —, mas também podem surgir espontaneamente.

Quando as ejeções de massa coronal acontecem, elas podem liberar bilhões de toneladas de material da coroa solar e de campos magnéticos do Sol. Elas deixam nosso astro em diferentes velocidades: as mais lentas podem se mover a menos de 250 km/s, e as mais rápidas, a 3.000 km/s.

Às vezes, diferentes CMEs são liberadas pelo Sol. Quando isso acontece, a primeira pode se expandir pelo espaço e se tornar mais fraca, enquanto outra aparece na mesma região que a primeira e a “engole”. Este processo forma as chamadas CMEs canibais, e pode explicar a formação de ejeções de maior complexidade.

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Fonte: NOAA, Spaceweather