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Earendel: personagem de Tolkien inspirou nome da estrela mais distante

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Abril de 2022 às 11h53

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NASA, ESA, B. Welch (JHU), D. Coe (STScI), A. Pagan (STScI)
NASA, ESA, B. Welch (JHU), D. Coe (STScI), A. Pagan (STScI)

A estrela Earendel, a mais distante já observada, recebeu seu apelido inspirado na obra de J.R.R. Tolkien, autor de livros de fantasia. Apesar de a designação técnica da estrela ser WHL0137-LS, a equipe por trás da descoberta lhe deu um nome bastante adequado. "Earendel" é um termo do inglês antigo e também é o nome do personagem Eärendil de Senhor dos Anéis — uma das mais célebres obras do autor.

A descoberta de Earendel foi anunciada nesta semana e, se o nome soou familiar para os fãs das histórias criadas por Tolkien, é porque foi mesmo inspirado nas criações do autor. “Esta estrela tem o maravilhoso nome de Earendel, e isso, na verdade, veio de Tolkien”, explicou Michelle Thaller, astrônoma da NASA que não integra a equipe que identificou a estrela.

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Em inglês antigo, o termo “Earendel” pode servir como nome próprio, mas também pode significar “a estrela da manhã” ou “o amanhecer”. Enquanto isso, em O Senhor dos Anéis, o personagem Eärendil é um semi-elfo que viaja pelos mares levando a joia Silmaril, chamada “estrela da manhã”.

Já a estrela detectada pelo telescópio Hubble fica a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra, o que torna a escolha do nome bastante adequada. “E essa estrela, literalmente, é do amanhecer do tempo, o amanhecer da formação das estrelas.”, disse Thaller. “Essa é a primeira estrela, a mais distante que já observamos, e acredito que Earendel é um lindo nome para ela”.

A estrela Earendel

Earendel foi descoberta por observações do telescópio espacial Hubble, e existia nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang. Como está a 12,9 bilhões de anos-luz de nós, ela aparece para nós como era no passado, quando o universo tinha 7% da idade que tem hoje. A equipe que a descobriu acredita que a estrela tem pelo menos 50 massas solares e alguns milhões de vezes o brilho do nosso astro.

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Apesar de estar bem distante, a estrela pode não fazer parte exatamente da primeira geração absoluta da estrelas que já existiu. “Suspeitamos que esta não é a primeira geração de estrelas”, observou Thaller. “Pensamos que, talvez, essa é de uma [geração] subsequente… talvez algumas dezenas de milhões de anos depois que a formação estelar começou no universo”, disse.

Além disso, ela acrescentou também que “o jovem que descobriu a estrela escolheu o nome” — em sua fala, provavelmente se referiu a Brian Welch, astrônomo e principal autor do artigo que descreve a descoberta. Como o interesse pessoal dele na obra de Tolkien foi manifestado pela escolha do nome, mas Thaller acrescentou que tanto ela quanto outros membros da equipe são grandes fãs do autor.

Fonte: Space.com