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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (30/01 a 05/02)

Por| 06 de Fevereiro de 2021 às 11h00

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NASA/JSC/ASU/Andy Saunders/Göran Strand/Ralf Rohner
NASA/JSC/ASU/Andy Saunders/Göran Strand/Ralf Rohner
Tudo sobre NASA

Sábado chegou com a primeira compilação do mês de fevereiro — e ela é especial! E que, nesta última sexta-feira (5), a NASA comemorou o aniversário de 50 anos de pouso da missão Apollo 14, que se tornou emblemática ao registrar algumas imagens fascinantes e por momentos descontraídos, como a tacada de golfe do astronauta Alan Shepard, em plena superfície lunar. Para celebrar, a agência espacial dos EUA compartilhou duas imagens e um vídeo, que juntos contam um pouco da história dessa missão espacial.

Além disso, temos imagens do céu registradas por fotógrafos aqui na Terra, incluindo meteoros e um fabuloso retrato da Via Láctea e duas de suas galáxias vizinhas.

Sábado (30/01) — Galáxias no voo noturno

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Esta foto foi tirada da cabine de comando de um avião em pleno voo, durante uma viagem para a região oeste de Lima, Peru. Abaixo, está o céu noturno nublado, enquanto acima, a faixa da Via Láctea brilha com grande nitidez, junto de outros objetos do espaço profundo. Para produzir uma imagem como esta, foi necessário reunir algumas exposições curtas e sobrepô-las na pós-edição.

Logo no canto esquerdo, em meio à faixa galáctica, está a nebulosa escura Saco de Carvão, perto da constelação Cruzeiro do Sul. As cinco estrelas que formam a cruz estão bem brilhantes, facilmente reconhecíveis. Indo para a parte mais ao centro da Via Láctea, encontramos a Nebulosa Carina e a grande Nebulosa de Gum, mais à direita. Esta última parece ser um remanescente de uma supernova que explodiu há cerca de um milhão de anos, e conta com outro remanescente menor e mais jovem, a supernova da Vela, que ocorreu há 12.300 anos.

Há também outros objetos bem conhecidos neste cenário, tais como a estrela Canopus — a estrela mais brilhante da constelação de Carina e a segunda mais brilhante no céu —, além da galáxia anã Grande Nuvem de Magalhães, que é a mancha prateada mais abaixo da faixa da Via Láctea. A Pequena Nuvem de Magalhães também está visível, logo acima do horizonte.

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Domingo (31/01) — Encontrando asteroides

Pequenas rochas espaciais caem na Terra o tempo todo, e nenhuma delas nos ameaça. Geralmente são evaporadas ao atingir nossa atmosfera, então não há muito com o que se preocupar. Os objetos grandes, capazes de causar algum dano ao planeta e ameaçar algumas espécies de vida, estão longe o suficiente para nos dar tranquilidade por um bom tempo. Além disso, as agências espaciais estão de olho nelas, enquanto tentam encontrar aquelas que ainda são desconhecidas, como é o caso deste asteroide fotografado pelo telescópio Hubble.

O asteroide desta imagem, revelado pela longa faixa azul, foi encontrado por acaso pelo Hubbe em 1998. Ele parece ser grande o suficiente para causar bastante confusão caso colidisse com nosso planeta, possivelmente condenando algumas espécies à extinção. Felizmente, essa rocha também não está em órbita ameaçadora, de modo que o único modo que podemos vê-las é através de telescópios muito poderosos.

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Segunda-feira (01/02) — O halo e as pegadas na neve

A coroa lunar, também conhecida como halo lunar, é um fenômeno que ocorre quando a luz do Sol refletido na Lua passa por minúsculos cristais de gelo suspensos na atmosfera, entre as nuvens. Isso causa uma refração da luz e as cores do espectro visível (ou seja, as cores do arco-iris) aparecem. Se você der sorte de encontrar um desses em uma noite de Lua cheia, o efeito óptico será um belo presente da natureza, porque é nessas ocasiões que o halo pode ficar até 44 vezes maior que a própria Lua.

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No caso dessa imagem, por exemplo, um halo magnífico foi registrado em Östersund , Suécia. As pegadas de coelhos até as árvores dão à cena um toque ainda mais especial e dinâmico.

Terça-feira (02/02) — As cores do meteoro

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Você já viu as cores de um meteoro? Geralmente, não passam de um risco branco ou em tons de azul ou de verde no céu, mas eles podem ter várias cores não distinguíveis pelo olho humano. Nesta imagem, a câmera registrou o rastro de um meteoro Quadrântidas (que acontece anualmente, no início de janeiro, cujas rochas são detritos do asteroide 2003 EH1) ao atravessar o céu noturno de Missouri, EUA.

As cores em meteoros costumam ser o resultado de elementos ionizados liberados conforme o objeto se desintegra devido ao contato com nossa atmosfera. O azul-esverdeado indicam a presença de magnésio, enquanto o cálcio irradia em violeta e o níquel em verde. Por outro lado, o vermelho normalmente vem do nitrogênio e oxigênio energizados na atmosfera da Terra. No caso deste quadrântidas, a típica bola de fogo que se forma quando o meteorito entra na atmosfera desapareceu rapidamente, mas a trilha de elementos ionizados ficou no céu por vários minutos.

Quarta-feira (03/02) — Algo da Terra na Lua

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Ontem, 5 de fevereiro, a NASA celebrou o 50º aniversário da alunissagem (pouso na Lua) da missão Apollo 14. Foi comandada por Alan Shepard, o primeiro norte-americano a ir ao espaço, dez anos depois de sua viagem histórica no Projeto Mercury. Os astronautas, que incluíam também Stuart Roosa e Edgar Mitchell, visitaram a região de Fra Mauro, um planalto lunar que era o alvo original da Apollo 13. E, para relembrar as façanhas da missão, a NASA publicou este vídeo, que retrata a rocha terrestre mais antiga já encontrada. Curiosamente, ela estava na Lua.

Quem encontrou a rocha misteriosa foi Shepard, que a trouxe para ser analisada na Terra. Os cientistas encontraram um fragmento que correspondia muito mais às rochas da Terra do que a outras rochas lunares. A datação aponta que ela tem uma idade aproximada de 4 bilhões de anos, o que a torna a mais antiga rocha terrestre já encontrada. Uma hipótese diz que um cometa ou asteroide colidiu com nosso planeta há muito tempo, lançando rochas da Terra no espaço, e algumas delas caíram na Lua. O vídeo acima mostra uma varredura interna com raios-X, mostrando várias seções do objeto.

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Quinta-feira (04/02) — Pouso na Lua... há 50 anos!

Ainda na comemoração do 50° aniversário da alunissagem da Apollo 14, a NASA relembrou uma das imagens da superfície lunar capturadas pelo astronauta Ed Mitchell, enquanto ele olhava pela janela do módulo de pouso. Suas fotos foram reunidas em um mosaico, revelando em um único quatro a vista das montanhas de Fra Mauro, localizada a noroeste do local de pouso. Fra Mauro é uma região que recebeu o nome de uma cratera de 80 km de diâmetro, situada dentro da referida área.

As fotos foram tiradas depois que os astronautas da Apollo 14 completaram a segunda e última caminhada extraveicular. Perto do fotógrafo, está o Transportador Modular de Equipamentos, uma espécie de carrinho de mão de duas rodas usado para carregar ferramentas e equipamentos, além de servir também para acomodar as amostras lunares. Perto do horizonte, no centro superior, há uma rocha de 1,5 metros de largura, e logo abaixo dela existe uma cratera, onde repousava o cabo branco de um instrumento de amostragem, arremessado ali por Mitchell como se fosse um dardo. Também é possível ver ali perto um pontinho banco — é a famosa bola de golfe arremessada pelo taco de Shapperd.

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Sexta-feira (05/02) — Pôr-da-Terra 

E, finalmente, no dia 5 propriamente dito, a NASA compartilhou uma imagem fabulosa da superfície lunar, recheada de crateras, com o toque especial de um belíssimo "pôr-da-Terra". Nosso planeta estava em seu movimento aparente para desaparecer abaixo do horizonte da Lua, enquanto os astronautas trabalhavam para explorar a região — com bastante dificuldade, diga-se de passagem, devido às crateras. Feliz aniversário aos astronautas Alan Shepard, Stuart Roosa e Edgar Mitchell que, embora falecidos, permanecem em lugar de honra na história da exploração espacial.

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Fonte: APOD