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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (17/08 a 23/08/2020)

Por| 24 de Outubro de 2020 às 11h00

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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (17/08 a 23/08/2020)
Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (17/08 a 23/08/2020)
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Esta foi uma semana de sucesso para a NASA. É que a sonda robótica OSIRIS-REx conseguiu coletar com sucesso amostras do asteroide Bennu, e já se prepara para o grande retorno à Terra com o material espacial. Claro que a NASA nos brindou com uma imagem incrível do cabeçote coletor tocando a superfície do asteroide, que apareceu em destaque no site APOD (Astronomy Picture of the Day), que a agência espacial mantém desde 1995.

No mais, a NASA nos trouxe também nossas amadas nebulosas com seus formatos e cores impressionantes. A Via Láctea também é destaque, fotografada no céu noturno da Terra ao lado de outros objetos famosos como a Nebulosa de Órion e a galáxia Andrômeda. E se você gosta de galáxias espirais, temos duas delas, com características bem peculiares.

Por fim, há uma ótima dica de evento astronômico para você aproveitar nos próximos dois meses: a aproximação e conjunção de Júpiter e Saturno, algo que só vai acontecer novamente em 2080. De quebra, deixamos algumas dicas para você aprender a identificar estes e outros objetos celestes ;)

Sábado (17/10) — A nuvem e a bolha

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A Nebulosa Crescente, catalogada como NGC 6888, é uma nebulosa de emissão, ou seja, fica ao redor de uma estrela quente. Fica na direção da constelação de Cisne, cerca de 5.000 anos-luz de distância.

Neste caso, a estrela central jovem que forma a nebulosa é a Wolf-Rayet WR 136, que tem apenas cerca de 4,7 milhões de anos e já está chegando ao fim de sua vida. Ela se tornou uma gigante vermelha há 400 mil anos e, como é bastante massiva (21 vezes a massa solar), deverá explodir em uma supernova daqui a algumas centenas de milhares de anos.

Percebeu algo no canto inferior esquerdo? Trata-se da nebulosa Bolha de Sabão, um nome que recebeu por motivos óbvios — aparece redondinha e transparente nas imagens capturadas pelos telescópios. Catalogada como PN G75.5+1.7 e também localizada na constelação de Cisne, é uma nebulosa planetária, ou seja, se formou a partir do gás e plasma expulsos durante os momentos finais de uma estrela gigante vermelha.

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Domingo (18/10) — Colisão galáctica 

Esta imagem parece retratar apenas uma galáxia espiral, mas há uma série de outras galáxias distantes ao fundo. A galáxia principal, chamada UGC 1810, também está interagindo com uma galáxia menor e, em algum momento, essa colisão pode resultar em uma fusão entre os dois objetos. Juntas, elas recebem o nome de Arp 273.

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Esse formato um tanto desordenado, principalmente de seu anel externo azul, é provavelmente resultado de interações gravitacionais violentas entre os dois corpos galácticos. Aliás, essa cor azul da espiral é devida a estrelas massivas jovens e muito quentes, que costumam ter esse tom azulado.

Na parte interna, a galáxia é mais vermelha e cheia de filamentos de poeira fria. Isso significa que as estrelas ali presentes são bem mais velhas. Também podemos ver algumas estrelas brilhantes em primeiro plano, que parecem muito maiores, mas na verdade elas não fazem parte da UGC 1810, e estão muito mais próximas de nós do que esta galáxia.

O Arp 273 fica a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância da Terra, em direção à constelação de Andrômeda. A fusão entre os dois objetos galácticos ainda levará algo por volta de um bilhão de anos e, finalmente, ganhará uma forma espiral clássica e mais organizada do que a atual.

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Segunda-feira (19/10) — Sobrevoo por Júpiter

O que vemos neste vídeo não é a superfície de Júpiter, e sim as extensas camadas do maior e mais antigo sistema de tempestades do Sistema Solar, tão densas que não podemos ver o que ocorre no interior do planeta. São tornados, ciclones, ventos em alta velocidade e nuvens espessas que cobrem este mundo gigante.

A famosa Grande Mancha Vermelha aparece aos 2 minutos e 12 segundos após o início do vídeo, mas antes dela, fazemos um passeio por lugares também muito interessantes. Na verdade, não há nada nessa atmosfera que não nos fascine. As nuvens estão em constante mudança, bem como suas cores. Até mesmo a Grande Mancha Vermelha sofre alterações e não vai durar para sempre.

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Os 41 quadros que compõem o vídeo foram capturados em junho pela sonda Juno, quando ela se aproximou do planeta gasoso. O vídeo é produzido pela equipe da missão Juno (incluindo a NASA, o JPL-Caltech, SwRI, MSSS) e a música é do compositor grego Vangelis, famoso por produzir a trilha sonora de clássicos como Blade Runner e da série Cosmos, de Carl Sagan.

Terça-feira (20/10) — Dobradinha de gigantes

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Saturno e Júpiter, os dois gigantes gasosos mais famosos do Sistema Solar, estão se aproximando e você encontrará os dois, pertinhos um do outro, nas noites dos próximos dois meses. Na metade de dezembro, eles estarão tão perto que provavelmente não poderemos distingui-los. Será uma conjunção bastante rara, pois os dois mundos não se aproximam tanto desde 1623.

Vale a pena aproveitar este evento, e você não precisará de nenhum instrumento especial. Os planetas já são facilmente visíveis a olho nu e você tem até dezembro para aprender a reconhecê-los entre as estrelas. O aplicativo Carta Celeste, por exemplo, ajudará bastante a encontrá-lo no céu noturno, e em pouco tempo você conseguirá distingui-los facilmente. A grande conjunção de dezembro só vai se repetir em 2080.

Quarta-feira (21/10) — Via Láctea & Cia

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Quando uma fotografia consegue registrar o arco da Via Láctea no céu noturno, sempre podemos encontrar no cenário um conjunto de vários objetos celestes famosos. No caso desta imagem, composta por mais de 60 exposições, podemos encontrar o Cinturão de Orion, a Nebulosa de Orion, a Galáxia de Andrômeda, a Nebulosa da Califórnia e as estrelas Sirius e Betelgeuse.

Você consegue identificar algum desses objetos? Não é tão difícil quando você começa a se familiarizar com os nomes e as características de cada um. Por exemplo, a Betelgeuse é um dos objetos mais brilhantes do céu, mas Sirius é a campeã quando se fala de estrelas. Portanto, Sirius pode ser identificada no lado direito da imagem, enquanto a Betelgeuse é a estrela menor amarela um pouco acima e mais ao meio.

Encontrou as Três Marias? Para muitos, essa é a constelação que aprendemos a identificar quando crianças, por ser muito fácil de encontrar. Ela é o cinturão de Órion, então a constelação inteira de Órion e a Nebulosa de Órion também estão ali. E a galáxia de Andrômeda é fácil, pois é a única galáxia que pode ser vista além da própria Via Láctea. Encontre um disco achatado e lá está a galáxia que um dia colidirá com a nossa — daqui a alguns bilhões de anos. Por fim, a Nebulosa Califórnia é uma nuvem lilás no topo central da imagem.

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Quinta-feira (22/10) — O toque da OSIRIS-REx

Na terça-feira, 20 de outubro, a NASA conseguiu coletar amostras de um asteroide com sua nave robótica OSIRIS-REx em uma manobra delicada e complexa. Ela esticou seu braço mecânico e tocou a superfície do Bennu por apenas alguns segundos, liberou o gás de nitrogênio comprimido em uma garrafa, e capturou pedrinhas e poeira que se espalharam para dentro do cabeçote coletor de amostras de 30 cm de largura.

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Essa cena foi gravada pela câmera SamCam a bordo da OSIRIS-REx, a cerca de 321 milhões de km da Terra, durante a missão. Depois da coleta, a nave acendeu o combustível de seus motores e voltou à órbita segura.

Sexta-feira (23/10) — A galáxia e a supernova

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A galáxia NGC 2525 é uma espiral barrada que fica a 70 milhões de anos-luz da Via Láctea, na direção da constelação Puppis. Seus braços alcançam até cerca de 60.000 anos-luz de diâmetro e a coloração rosada representa as regiões de formação de estrelas.

No canto inferior esquerdo, há um ponto muito brilhante — trata-se da supernova SN 2018gv. Identificada como uma supernova Tipo Ia, a NS 2018gv é considerada uma vela cósmica, ou seja, pode ser usada pelos astrônomos para medir distâncias entre galáxias e determinar a taxa de expansão do Universo.

Fonte: APOD