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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (09/10 a 15/10/2021)

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Outubro de 2021 às 11h00

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Ignacio Diaz Bobillo/Hao Qin/Yizhou Zhang
Ignacio Diaz Bobillo/Hao Qin/Yizhou Zhang
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Pronto para mais um conjunto de imagens astronômicas destacadas pela NASA? O compilado desta semana está bastante variado: além de alguns vídeos de luas — um desses vídeos é da nossa surgindo no céu, enquanto o outro mostra Ganimedes, um dos satélites naturais de Júpiter —, você encontrará também registros de um meteoro que brilhou tanto em sua passagem que, por alguns segundos, transformou a noite em dia.

Além disso, irá conferir ainda uma foto de um observatório e, acima dele, está uma estrela importantíssima, que rendeu o Nobel de Física de 2019 a dois astrônomos. Como de costume, você verá também imagens de nebulosas e galáxias, com suas cores e formas intrigantes.

Confira:

Sábado (9) — A estrela 51 Pegasi

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Essa foto do Observatoire de Haute-Provence, na França, indica a posição de alguns objetos, como a galáxia Andrômeda e a estrela 51 Pegasi. Localizada a apenas 50 anos-luz de nós, esta é uma estrela brilhante o suficiente para ser vista a olho nu — mas, claro, isso depende das condições de luz do local. Esta foi a primeira estrela de sequência principal (ou seja, que realiza a fusão de átomos de hidrogênio para formar átomos de hélio) descoberta acompanhada por um planeta — há 26 anos, os astrônomos Michel Mayor and Didier Queloz anunciaram esta grande novidade graças às observações realizadas neste observatório.

Com o uso de um espectrógrafo, eles identificaram mudanças na velocidade da radiação da estrela, causadas pela força gravitacional do planeta na órbita dela. Esse planeta foi chamado “51 Pegasi b” e é o primeiro descoberto na órbita de uma estrela como o Sol. Tata-se de um mundo de massa equivalente a pelo menos a metade da de Júpiter e período orbital de 4,2 dias, ou seja, ele está mais próximo da estrela do que Mercúrio está do Sol. A descoberta foi confirmada, e Mayor e Queloz receberam o Nobel de física em 2019. Desde então, mais de 4.000 exoplanetas foram encontrados.

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Domingo (10) —  O nascer da Lua 

Há algum tempo, o astrofotógrafo responsável pelo registro acima planejava capturar a silhueta da Lua cheia. Depois de muito planejamento e várias tentativas que deram errado, ele conseguiu: este vídeo mostra a Lua nascendo na cidade de Mount Victoria Lookout, na Nova Zelândia, em 2013. Para produzi-lo, ele posicionou sua câmera a cerca de 2 km de distância e apontou sua câmera para a direção onde a Lua estaria naquela noite; como resultado, ele conseguiu um vídeo de aproximadamente 8 minutos, sendo que, acima, temos uma versão dos 3 primeiros minutos da sequência.

A grande diferença entre o tamanho aparente da Lua e das pessoas presentes no local se deve à distância entre o fotógrafo e o objeto registrado. Ele usou uma super lente telefoto que parece ampliar a Lua, como aconteceria se a observássemos através de binóculos ou telescópios. Caso você tenha se questionado se houve algum problema no foco, fique tranquilo, já que essa aparência desfocada se deve à refração causada pela atmosfera terrestre — tanto que, conforme a Lua fica mais alta no céu, o efeito acaba reduzido. 

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Segunda-feira (11) — Visita a Ganimedes  

Em 2011, a NASA lançou a sonda Juno com destino a Júpiter. Além de estudar o gigante gasoso, a sonda visitou também a lua Ganimedes, a maior do Sistema Solar. O sobrevoo por Ganimedes rendeu uma série de imagens que foram digitalmente unidas e resultaram no vídeo acima, que nos mostra como seria visitar esta lua. No início da animação, a sonda passa pela superfície de Ganimedes e mostra uma paisagem congelada, com várias fendas, que provavelmente são o resultado do movimento das placas, e das crateras abertas por impactos violentos. Além de ver a superfície da lua, conseguimos ver também um pouco das nuvens das tempestades em Júpiter.

Ganimedes é uma lua interessante: além das características de sua superfície, registradas pela Juno, este é o único satélite natural da nossa vizinhança com campo magnético próprio, que é capaz de causar auroras brilhantes em seus polos sul e norte. Além disso, astrônomos já identificaram evidências de uma fina atmosfera de oxigênio envolvendo a lua — apesar de isso parecer animador, essa atmosfera não tem espessura suficiente para permitir a ocorrência da vida como conhecemos.

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Terça-feira (12) — Bola de fogo no céu do Canadá 

O nome “meteoro” é dado aos objetos que entram na atmosfera da Terra e geram um rastro luminoso no céu conforme se deslocam — às vezes, pode acontecer de esse rastro ser tão brilhante que o meteoro acaba chamado “bola de fogo”. Segundo a União Astronômica Internacional, os meteoros desse tipo têm magnitude aparente de -4, ou seja, que são mais brilhantes que qualquer planeta e podem até projetar sombras enquanto passam pelo céu, como aconteceu no registro acima. 

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O astrofotógrafo fez uma longa exposição do céu do lago Louise, no Canadá, e, por acidente, registrou também um meteoro que, talvez, seja o mais brilhante que já viu. Como é bem luminoso, podemos dizer que esta era claramente uma bola de fogo — perceba que, além do rastro luminoso, o objeto iluminou a paisagem do local e transformou a noite em dia por alguns segundos. A imagem foi editada para o meteoro ficar um pouco mais escuro e, assim, permitir observarmos também a paisagem do restante da imagem.

Quarta-feira (13) — Ponto de interrogação cósmico 

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O que parece ser um grande ponto de interrogação cósmico é, na verdade, a nebulosa NGC 7822, que fica a aproximadamente 3.000 anos-luz de nós e se estende por cerca de 40 anos-luz. A forma curiosa dessa nebulosa nos diz um pouco sobre a história de sua formação: em seu interior, há bordas brilhantes e formas escuras que chamam a atenção em meio a tantas cores. Bem, na verdade, parte do colorido das imagens se deve aos dados obtidos por filtros de banda curta, que mapearam as emissões do oxigênio atômico, hidrogênio e enxofre para as cores azul, verde e vermelho — essas emissões vêm da radiação energética das estrelas quentes no interior da nebulosa. 

Um processo parecido ocorre com as imagens feitas por telescópios como o Hubble, que usa filtros especiais que permitem a passagem de somente algumas cores. Então, o que os cientistas recebem são imagens em preto e branco, que depois recebem cores individuais para destacar partes interessantes do objeto estudado. A imagem acima é um mosaico, formado por 9 painéis produzidos ao longo de 28 noites com um pequeno telescópio voltado para o céu do Texas.

Quinta-feira (14) — Nebulosa da Hélice

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A 700 anos-luz da Terra, em direção à constelação Aquarius, o Aquário, há uma estrela chegando ao fim de sua vida. Essa estrela é parecida com o Sol e, conforme morre, produziu a nebulosa NGC 7293. Também conhecida como Nebulosa da Hélice, este é um dos exemplos de nebulosa planetária que mais está pertinho de nós e, por isso, pode ser estudada mais profundamente. Apesar do que parece indicar, o nome “nebulosa planetária" nos diz que, na verdade, ela é uma nebulosa de emissão formada por um grande envelope de gás ionizado, vindo da estrela gigante vermelha em seu interior, que está morrendo.

Para conseguir esta imagem, o fotógrafo conduziu um total de 90 horas de exposição, acumuladas ao longo de três anos. Ao combinar os dados da banda mais curta com aqueles das linhas de emissão do hidrogênio (vermelho) e oxigênio (azul e verde), conseguimos observar vários detalhes da nebulosa — como sua região interna, que se você observá-la com atenção, perceberá que é mais brilhante. Ao centro da nebulosa, está uma estrela de altíssima temperatura. 

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Sexta-feira (15) — Uma grande galáxia espiral 

O raio da Via Láctea mede mais de 52 mil anos-luz — o que é um tamanho bastante impressionante, certo? Pois bem, a 70 milhões de anos-luz de nós, na direção da constelação Sculptor, o Escultor, fica a galáxia NGC 289, que aparece no registro acima e é ainda mais que a nossa. Considerada uma galáxia gigante, a NGC 289 tem grandes braços que se estendem por mais de 100 mil anos-luz de seu centro. Além disso, ela tem núcleo ativo e conta com regiões com grande atividade estelar.

Se você observar o canto inferior direito da galáxia nesta imagem, perceberá que a NGC 289 não está sozinha. Ali, há uma pequena galáxia elíptica; como o nome indica, estas galáxias têm forma de elipse e são formadas por estrelas mais velhas e menos massivas. A desta imagem está interagindo com a gigante ao seu lado, enquanto várias estrelas aparecem ao fundo. Este registro foi feito em El Sauce, no Chile.

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Fonte: APOD