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Destaque da NASA: som feito a partir de imagem é foto astronômica do dia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 NASA, CXC, SAO, K. Arcand;  M. Russo, A. Santaguida
NASA, CXC, SAO, K. Arcand; M. Russo, A. Santaguida

Já se perguntou se seria possível ouvir as observações de um telescópio espacial? Para descobrir, você pode conferir a sonificação da Nebulosa da Água-Viva, que é o destaque da NASA em seu site Astronomy Picture of the Day nesta segunda-feira (25). 

Catalogada como IC 443, esta nebulosa é um remanescente de supernova formado pela explosão de uma estrela massiva. A luz do objeto demorou cerca de 35 mil anos para nos alcançar — na época, a humanidade estava na Idade da Pedra! 

Para uma onda sonora ser formada, é preciso algum meio, como o ar; portanto, o som não pode se propagar no espaço. Por outro lado, os sons podem ajudar na interpretação e compreensão de objetos como a IC 443.

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É aqui que entra a sonificação. Para criá-la, os cientistas trabalharam com dados do telescópio Chandra, especialista em raios X, e os converteram em sons. Você pode conferir o resultado abaixo:

Nesta sonificação, uma linha imaginária passa pela estrela e é emitido um som parecido com o de uma gota caindo na água.

Quando a linha atravessa o gás avermelhado, surge um som mais grave; já no gás azulado, o som emitido é agudo.  

O que é sonificação?

Para entender o que é a sonificação, façamos um exercício: imagine que você viajou para algum lugar cujo idioma não entende. Neste caso, seria necessário descobrir uma forma de traduzir o que as pessoas por lá estão dizendo, certo? A sonificação faz algo parecido, porque transforma dados científicos de objetos cósmicos em sons. 

O telescópio Chandra, por exemplo, observa raios X, que são invisíveis aos olhos humanos; já o James Webb analisa a luz infravermelha, que também não conseguimos enxergar. Estes diferentes comprimentos de onda são transmitidos à Terra em forma de sinais digitalizados, e depois se tornam imagens, espectros, entre outros formatos usados pelos astrônomos.

Outra forma de trabalhar com estes dados é mapeando-os matematicamente em sons. Este processo não é uma reinterpretação dos dados dos telescópios, mas sim outra forma de traduzi-los; com a sonificação, o visual é traduzido em som. 

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Além de ajudar os cientistas a identificarem determinadas características dos objetos estudados, a sonificação tem papel importante para a acessibilidade. Através dos sons, pessoas deficientes visuais podem acessar e se envolver com o que grandes telescópios observaram. 

Fonte: APOD