Destaque da NASA: galáxia espiral gigante está na foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |

A enorme galáxia UGC 2885, do tipo espiral, aparece com toda sua beleza em uma foto de tirar o fôlego, capturada pelo telescópio Hubble. A imagem é o destaque do site Astronomy Picture of the Day nesta quarta-feira (5) e traz detalhes nítidos da estrutura da galáxia.
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Podemos chamá-la de “gigante” tranquilamente, já que tem um disco que se estende por cerca de 800 mil anos-luz — para comparação, considere o disco da Via Láctea, que tem “apenas” 100 mil anos-luz de diâmetro. Por isso, a UGC 2885 pode ser a maior galáxia conhecida do universo local.
Os braços espirais da UGC 2885 cercam seu núcleo brilhante, lar de um buraco negro supermassivo adormecido. Ela fica a cerca de 232 milhões de anos-luz de nós e tem cerca de um trilhão de estrelas, quase 10 vezes mais que a quantidade de estrelas presentes na Via Láctea.
Apesar das grandes dimensões, ela não apresenta evidências de ter se “alimentado” de outras. Os cientistas consideram que as galáxias crescem ao longo do tempo por meio de colisões com outras, mas a falta de pistas de algum processo do tipo por trás da UGC 2885 representa um grande mistério.
Galáxia espiral UGC 2885
Esta galáxia pode ser descrita como uma “gigante tranquila”, com taxa de formação estelar modesta, quase a metade daquela da Via Láctea. Como a UGC 2885 não parece estar se alimentando de galáxias menores, ela está começando a esgotar suas reservas de gás para formar novas estrelas.
Além de suas grandes dimensões, esta galáxia é conhecida por um motivo especial. Ela também é chamada de “Galáxia de Rubin”, apelido que homenageia a astrônoma Vera Rubin. Quando analisou a UGC 2885 e outras parecidas, Rubin descobriu as primeiras evidências da existência da matéria escura.
Ainda há muito a se descobrir sobre a Galáxia de Rubin, e o telescópio James Webb poderá ajudar na tarefa. Por meio de observações na luz infravermelha, em comprimentos de onda nos quais o telescópio é “especialista”, o Webb pode complementar os dados obtidos pelo Hubble, ajudando os astrônomos a explorar o centro da galáxia e suas estrelas.
Fonte: APOD