Publicidade

Destaque da NASA: estrela de "vida" breve é a foto astronômica do dia

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

Compartilhe:
Mike Selby & Mark Hanson
Mike Selby & Mark Hanson

A foto em destaque no site Astronomy Picture of the Day nesta quarta-feira (8) te leva para conhecer a estrela WR 40. Ela pertence a um grupo de estrelas conhecidas por serem quase 100 vezes mais massivas que o Sol, um milhão de vezes mais luminosas e 30 vezes mais quentes.

Localizada na constelação Carina, WR 40 é uma estrela do tipo Wolf-Rayet (WR), conhecida por sua vida breve. Estas estrelas esgotam rapidamente suas reservas de hidrogênio, até que começam a fusão nuclear com elementos pesados.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Depois, elas se expandem, ejetando suas camadas externas com a ajuda de fortes ventos estelares. No caso da WR 40, a atmosfera dela é expelida a impressionantes 100 km/s! Estas camadas “expulsas” formaram a nebulosa RCW 58, de formato oval.

Esta nebulosa mostra com clareza tanto a massa ejetada quanto os efeitos da radiação nos gases. Vale destacar que, apesar de ela ter formato de anel e ter sido formada por ejeção de massa, isso não significa que ela seja uma nebulosa planetária — normalmente, estas têm estrelas anãs brancas em seus centros.

Saiba mais sobre as estrelas Wolf-Rayet

Como mencionamos acima, as estrelas do tipo Wolf-Rayet (ou apenas “WR”) têm vida breve, de modo que são objetos raros. Elas costumam ter pelo menos 25 massas solares, a temperatura delas pode passar de 240 mil graus Celsius e podem chegar a um milhão de vezes a luminosidade do Sol.

Enquanto isso, elas perdem massa rapidamente através de fortes ventos, que ejetam cerca de 10 massas solares da matéria delas a cada milhões de anos. Hoje, há cerca de 220 estrelas WR conhecidas na Via Láctea, mas podem haver milhares delas, escondidas por poeira.

Cerca de metade destas estrelas ocorre em sistemas binários. Por enquanto, observações confirmadas mostraram que elas estão acompanhadas de outras estrelas massivas, mas é possível que ocorram também junto de objetos compactos, como buracos negros ou estrelas de nêutrons.

Fonte: APOD