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Depósito de sal no planeta anão Ceres pode apontar atividades de criovulcão

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Fevereiro de 2022 às 13h37

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NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA

O planeta anão Ceres pode abrigar mais um criovulcão em sua superfície, segundo estudo liderado pelo Max Planck Institute. Graças aos dados da missão Dawn, os pesquisadores descobriram depósitos de sal na bacia de Urvara que podem estar associados aos vulcões gelados do pequeno mundo.

Entre 2015 e 2018, a sonda Dawn, da NASA, orbitou e explorou o pequeno planeta Ceres, localizado no cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter.

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Além de descobrir a cratera conhecida como Urvara, o estudo apontou a relação dos depósitos de sal com as atividades de criovulcões — que expelem gelo em vez de lava — que teriam lançado a salmoura à superfície ao longo do tempo.

Em diversos pontos de Ceres são encontrados depósito de sal, levando os cientistas a suspeitarem da existência de uma fonte de abaixo do solo — um possível oceano salino.

A maior questão é que, com apenas 482 km de diâmetro, como um planeta anão tão pequeno conseguiria conter tanta água? Ou o que a água implicaria na formação desses planetas anões? A equipe continua em busca dessas respostas.

Geologia de Ceres

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O principal autor do estudo, Andreas Nathues, ressaltou que grandes estruturas de impacto de Ceres informam o que existe nas camadas mais profundas. Com 170 km de largura, a cratera Urvara teria se formado há 250 milhões por um impacto que escavou até 50 km de profundidade.

Graças as imagens obtidas em um sobrevoo da sonda Dawn a apenas 35 km da superfície de Ceres, informando detalhes em alta resolução, foi possível observar paredes de crateras, uma grande cadeia de montanhas e um material brilhante.

Esse material brilhante seria expelido pelo criovulcão da região. Pela primeira vez, um estudo detectou depósitos de sal e compostos orgânicos na superfície de um mundo — especialmente concentrados a oeste das montanhas centrais.

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Segundo os autores, a descoberta orgânica implica na história geológica de Ceres e também na astrobiologia e potencial habitabilidade no pequeno mundo. Agora, a equipe vai comparar esses compostos com os encontrados na cratera Ernutet.

A pesquisa foi apresentada na revista Nature.

Fonte: Nature, Via Space.com