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Conheça o balão que pode ser escolhido para estudar as nuvens de Vênus

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Outubro de 2022 às 15h30

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Uma equipe de cientistas e engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, testou com sucesso uma versão menor de um balão que, um dia, poderá voar através das nuvens de Vênus. O protótipo testado tem cerca de 4 m de extensão e foi lançado no deserto de Black Rock, em Nevada, nos Estados Unidos.

O protótipo do balão robótico aéreo (ou apenas “aerobot”) é, de forma resumida, um balão dentro de outro. O interno tem hélio a alta pressão, liberado para o balão externo e mais flexível, inflando e levantando voo. Na hora de descer, ocorre o processo inverso: o hélio é injetado de volta no balão interno, o que faz com que o externo seja contraído.

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Paul Byrne, cientista planetário da Universidade de Washigton, comemorou os bons resultados do teste. “Demonstramos com sucesso a tecnologia que vamos precisar para investigar as nuvens de Vênus”, disse ele, em um comunicado. Caso uma missão com um balão do tipo seja lançada, o aerobot chegaria ao planeta junto de uma nave orbital, que iria realizar estudos científicos e transmitiria os dados do aerobot para a Terra.

Este, enquanto isso, iria flutuar pelas atmosferas de Vênus, empurrado pelos fortes ventos por lá. “Os ventos zonais, de leste a oeste, são muito fortes e consistentes em Vênus”, explicou Jacob Izraelevitz, o principal investigador dos testes de voo. No planeta, a atmosfera passa por uma espécie de “super rotação”, que faz com que gire de 60 m/s a 80 m/s em comparação com a superfície.

"Não há esperanças de mudar a direção do balão, e a ideia seria simplesmente deixá-lo acompanhar o evento”, observou. O aerobot poderia voar pelas nuvens venusianas sem propulsão, e seus instrumentos seriam alimentados pela energia gerada por painéis solares. Por enquanto, a NASA tem as missões DAVINCI e VERITAS em desenvolvimento para lançá-las a Vênus, e como nenhuma inclui um aerobot, é possível que ainda tenhamos que esperar até que o balão seja lançado ao planeta, para estudar as nuvens por lá.

Fonte: JPL