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Cometa Leonard se desintegra ao fazer sua máxima aproximação com o Sol

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Março de 2022 às 16h47

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Wandeclayt M./Céu Profundo/Telescope New Mexico Skies
Wandeclayt M./Céu Profundo/Telescope New Mexico Skies

O cometa Leonard (C/2021 A1) se desintegrou durante sua máxima aproximação com o Sol, após brilhar no nosso céu noturno de dezembro de 2021. Segundo relatório de astrônomos, o objeto já não conta mais com seu coma e núcleo.

Quando o astrônomo Gregory Leonard descobriu o cometa em janeiro de 2021, ele estava tão longe quanto Júpiter, e apenas grandes telescópios podiam localizá-lo. Até o final de novembro, fez sua aproximação do Sol até se tornar visível para pequenos instrumentos em novembro e, finalmente, visível a olho nu em alguns lugares, em dezembro.

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Seu comportamento até então foi conforme o previsto e astrônomos amadores acompanharam o Leonard durante sua passagem. Em dezembro, até houve uma perda incomum de brilho que causou um alerta, mas o objeto se manteve inteiro até janeiro. Mas cometas são imprevisíveis.

Nas semanas anteriores ao periélio (aproximação máxima do Sol) o brilho do cometa Leonard começou a mudar a cada três a cinco dias. A cauda do cometa começou a mostrar uma estrutura, levando à suspeita de haver pedaços do núcleo na cauda. A confirmação da separação do cometa veio do astrônomo Martin Masek em 23 de fevereiro.

Outros observadores, incluindo o telescópio SLOOH no Chile, obtiveram imagens mostrando que o cometa é, agora, uma "faixa fantasmagórica" desprovida de coma (uma espécie de atmosfera dos cometas) e núcleo.

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O cenário mais provável é que o núcleo de apenas 1,6 km de tamanho tenha se partido, evaporado ou ambos. Embora sejam “bolas de neve suja”, os núcleos de cometas são variados: alguns são densos, outros contêm pedras, às vezes são feitos de dois ou mais “lóbulos” espremidos juntos. Não sabemos como era a construção do núcleo do Leonard.

Gregory Leonard disse que o legado do cometa são as estruturas na cauda compostas por partículas carregadas (íons). “‘De outro mundo’ e ‘surpreendentes’, são as únicas descrições que me vêm à mente quando comecei a ver as imagens postadas on-line por um punhado de astrofotógrafos especializados dedicados”, relembrou.

Fonte: EarthSky; via: Space.com