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Cientistas estabelecem algumas rotas possíveis no polo sul da Lua em novo mapa

Por| Editado por Patricia Gnipper | 04 de Maio de 2021 às 16h00

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Astronomy.com/MENEZES FO
Astronomy.com/MENEZES FO

O polo sul da Lua é o alvo de diversas missões exploratórias que serão enviadas para lá nos próximos anos. Um dos motivos pelos quais esta é uma região visada é a presença de gelo de água — recurso fundamental para o estabelecimento de bases lunares. Para facilitar as futuras explorações, uma equipe de estagiários do Instituto Lunar e Planetário (LPI, sigla em inglês) elaborou um mapa que traça alguns caminhos pela bacia de Schrödinger, uma região de grande importância geológica.

A equipe liderada por Ellen Czaokinski, graduada em Ciência Planetária pela Universidade de Arkansas, faz parte de uma pesquisa desenvolvida pelo Centro de Ciências Planetárias de Arkansas, publicada no periódico científico The Planetary Science Journal. No mapa, os pesquisadores identificaram algumas das características significativas da bacia de Schrödinger. Esta é a bacia de impacto mais jovem da Lua, a qual possui alguns elementos fundamentais para compreensão da história geológica do nosso satélite natural.

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Para responder aos objetivos científicos de alta prioridade, Czaokinski defende que as rochas presentes na bacia de Schrödinger sejam investigadas de perto. "Quando a bacia de Schrödinger foi formada, algumas dessas litologias [as características físicas gerais das rochas] podem ter sido erguidas de muito abaixo da superfície lunar", explica. Esta pode ser uma ótima oportunidade para estudar a geologia lunar através deste material originado de uma camada abaixo da superfície.

O Conselho Nacional de Pesquisa (NRC) havia estabelecido em 2007 alguns objetivos científicos destinados a explorar a bacia do Polo Sul-Aitken, a mais antiga bacia de impacto da Lua — com cerca de 2.500 km de diâmetro e até 13 km de profundidade —, e uma das maiores de todo o Sistema Solar. E a bacia de Schrödinger está localizada justamente dentro desta região. "Muitos desses tipos de rocha estão expostos na superfície em exposições de vários quilômetros de afloramentos rochosos no 'anel de pico' de Schrödinger, um anel interno de rochas erguidas que se formou com a bacia”, acrescenta Czaokinski.

No mapa, a equipe traçou três caminhos que podem ser utilizados por futuros robôs exploradores durante a exploração da bacia de Schrödinger. A ideia é que amostras de rochas presentes no anel da cratera possam ser coletadas para análises mais aprofundadas e, com isso, obter um melhor contexto da geologia local.

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O artigo com mais detalhes da pesquisa e do mapa pode ser acessado no The Planetary Science Journal.

Fonte: Phys.org