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Cientista recebeu US$ 1 bilhão da NASA para estudar asteroide Bennu

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Março de 2024 às 10h55

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NASA
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Em 2020, a sonda OSIRIS-REx, da NASA, coletou amostras do asteroide Bennu, rocha espacial feita de materiais que restaram da formação do Sistema Solar. As preciosas amostras chegaram à Terra no ano passado, marcando o sucesso de uma missão proposta em 2011 pela agência espacial. 

Naquele ano, o professor e pesquisador Dante Lauretta recebeu U$ 1 bilhão da NASA para estudar Bennu e descobrir tudo que fosse possível sobre o objeto. “A missão passaria a envolver não apenas o envio de uma espaçonave ao asteroide, mas também o retorno de um pedaço dele à Terra”, relatou ele em seu livro The Asteroid Hunter: "A Scientist’s Journey to the Dawn of our Solar System (“O caçador de asteroides: a jornada de um cientista ao amanhecer do Sistema Solar”, em tradução livre).

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Para isso, Lauretta se tornou o principal investigador da missão OSIRIS-REx (sigla de “Origins Spectral Interpretation Resource Identification Security Regolith Explorer”), lançada em 2016 com destino à rocha espacial. “Minha pequena equipe estava organizada no centro de controle da missão Lockheed Martin, cada um de nós com nossas camisetas azuis da NASA, prontos para ver o sucesso ou falha da OSIRIS-REx”, recordou. 

A sonda desceu em direção a Nightingale, área escolhida para a coleta por ter grãos finos e sem obstruções. “O atraso de 18 minutos [devido às distâncias envolvidas na comunicação pelo Sistema Solar] significava que a cada poucos minutos, novos dados vinham da OSIRIS-REx transmitindo eventos do passado”, ressaltou. 

No fim, a operação deu tão certo que a OSIRIS-REx coletou mais amostras do que o esperado pelos cientistas. O material chegou à Terra no ano passado e vem rendendo diferentes descobertas: um estudo publicado em 2024, por exemplo, mostrou que o Bennu tem compostos encontrados em mundos com oceanos, o que sugere que talvez tenha sido parte de algum objeto do tipo. 

O asteroide Bennu

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Descoberto em 1999, Bennu mede cerca de 484 m e é um asteroide rico em carbono. Os cientistas suspeitam que este asteroide foi parte de outra rocha espacial ainda maior, mas se rompeu há cerca de dois bilhões de anos. Como sua estrutura é bastante antiga, Bennu pode ter moléculas orgânicas parecidas com aquelas envolvidas no surgimento da vida na Terra.

Segundo informações da NASA, as chances de o Bennu se chocar com a Terra até meados de 2100 anos são zero, mas aumentam para 1 em 1.750 (ou menos de 1%) até o ano de 2300. “Se ele atingir a Terra, vai atravessar a atmosfera sendo várias vezes mais brilhante que o Sol do meio-dia”, sugeriu Lauretta. 

De acordo com ele, o impacto poderia liberar energia equivalente à explosão de 1.450 megatoneladas de TNT. “A energia total liberada durante todos os testes nucleares da história é de 510 megatoneladas”, acrescentou. Mas lembre-se: a chance de o Bennu colidir com a Terra é bastante baixa, e mesmo assim, os cientistas vão continuar monitorando-o para detectar qualquer mudança em sua órbita, caso algo do tipo ocorra. 

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Fonte: DailyMail