China lança seu primeiro observatório solar; missão durará pelo menos três anos
Por Wyllian Torres | Editado por Patricia Gnipper | 14 de Outubro de 2021 às 14h50
Por volta das 7h51 (horário de Brasília) da manhã desta quinta-feira (14), a China realizou seu 37º lançamento orbital, instalando com sucesso na órbita da Terra seu primeiro observatório solar, o H-alpha Solar Explorer, e mais outros 10 satélites a bordo do foguete Long March 2D. O veículo decolou a partir do Centro de Lançamentos de Satélites de Taiyuan, no norte do país.
- China lança o primeiro módulo da sua própria estação espacial
- Conheça o passado, o presente e o futuro do programa espacial chinês
- China quer alcançar a marca de mil satélites em órbita até fim desta década
O H-alpha Solar Explorer, principal carga útil do lançamento, é o primeiro observatório solar da China, baseado em uma órbita sincronizada com o Sol, a cerca de 517 km de altitude. Com cerca de 508 kg, o satélite terá a tarefa de adquirir as primeiras observações espectroscópicas do disco solar a partir da banda espectral H-alpha.
O H-alpha Solar Explorer estudará as atividades solares e seus dados auxiliarão a previsão do clima espacial, como as erupções na superfície do Sol em períodos de máxima atividade — as quais podem danificar os satélites na órbita da Terra e sistemas eletrônicos terrestres. A previsão da missão é durar cerca de três anos, até a próxima máxima solar, prevista para 2025.
As outras cargas úteis do lançamento incluem o satélite experimental VHF Data Exchange System (VDES), desenvolvido pela Shanghai Lizheng Satellite — que será a base do desenvolvimento de uma constelação de comunicação marítima chinesa. Além dele, fez parte da carga um pequeno projeto da Organização de Cooperação Espacial da Ásia-Pacífico (APSCO), com dois CubeSats: SSS-1 e SSS-2A.
Segundo a China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC), o observatório solar apresenta uma capacidade superior à capacidade doméstica existente no país. A nova plataforma também funcionará com um teste de verificação de tecnologia espacial. Para o próximo ano, a China pretende lançar o Observatório Solar do Espaço Avançado (ASO-S).
Antes disso, a China enviará uma nova missão tripulada, a Shenzhou-13, em direção ao módulo central da estação espacial chinesa, por volta das 13h23 (horário de Brasília) do dia 16 de outubro. A CASC planeja realizar mais 40 voos este ano com parceiros comerciais em apoio ao desenvolvimento da unidade espacial chinesa.
Fonte: SpaceNews