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Primeira sonda chinesa que estudará a atividade solar será lançada em 2022

Por| 22 de Janeiro de 2021 às 14h40

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Solar Dynamics Observatory/NASA
Solar Dynamics Observatory/NASA

Segundo informações da mídia estatal chinesa Xinhua, em 2022 a China deverá lançar sua primeira missão para estudos do Sol: trata-se da sonda Advanced Space-based Solar Observatory (ASO-S), que irá acompanhar as atividades da nossa estrela 24h por dia. A ASO-S foi formalmente aprovada pela Chinese Academy of Sciences (CAS) em 2017, e é esperado que a missão dure pelo menos quatro anos.

A ideia é que o satélite opere na órbita heliossíncrona à altitude de 720 km, para manter um acompanhamento contínuo e próximo do Sol. O sonda deverá ter peso total de aproximadamente 1 tonelada, e investigará objetivos científicos resumidos na sigla “1M2B”: primeiro, “1M” se refere a campo magnético, enquanto “2B” são dois grandes fenômenos que ocorrem no Sol, ou seja, as erupções solares e ejeções de massa coronal (CMEs).

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Para isso, a sonda estará equipada com o magnetógrafo Full-Disc Vector (FMG), o instrumento Hard X-ray Imager (HXI) e o telescópio Lyman-alpha Solar (LST) para mensurar o campo magnético do Sol, observar a ocorrência das CMEs e das erupções. Juntas, é esperado que essas cargas úteis permitam observações simultâneas do campo magnético em todo o Sol, além da produção de imagens espectroscópicas da formação e evolução das erupções e ejeções de massa coronal tanto no disco solar quanto na coroa interna.

Como está pertinho de nós, o Sol é a única estrela que nos permite uma visão privilegiada para estudos detalhados — e, como grande parte da radiação solar é bloqueada pela atmosfera da Terra, a única forma de sabermos mais sobre nossa estrela é enviando sondas ao espaço. Os ciclos solares duram 11 anos e, no final de 2019, o Sol iniciou seu 25º ciclo, apresentando redução nas manchas solares, mas é esperado que o pico do ciclo ocorra em 2025. Assim, segundo o pesquisador Gan Weiqun, a sonda poderá nos ajudar a conseguir detalhes da atividade solar e do aumento que ela apresentará até chegar, de fato, neste ápice.

Desta forma, além de avançar no conhecimento científico sobre a física que ocorre nas erupções solares, a missão também deverá contribuir para melhorar as previsões do clima espacial: as CMEs podem ser detectadas a pelo menos 40 horas de antecedência antes de chegarem à Terra, o que nos permite preparação antecipada para proteger satélites de comunicação e outros sistemas que podem sofrer danos.

Fonte: Xinhua, Advanced Space-based Solar Observatory