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Astrônomos russos determinam com precisão a distância de 18 galáxias anãs

Por| 14 de Outubro de 2020 às 23h00

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Universo Observado
Universo Observado

Em um novo estudo, astrônomos do Special Astrophysical Observatory (SAO), na Rússia, realizaram observações fotométricas de galáxias anãs que foram identificadas pelo projeto de pesquisa Arecibo Legacy Fast ALFA (ALFALFA). Com os resultados, eles puderam determinar a distância de 18 galáxias anãs de forma bastante precisa.

Elas podem ter papel importantíssimo para entendermos melhor como ocorre a formação das estrelas — principalmente no caso daquelas que têm hidrogênio e não têm vizinhas próximas. Assim, os astrônomos puderam identificar novas galáxias anãs através de observações de rádio, mas isso ainda não é o suficiente: é preciso conseguir medidas precisas da distância para poderem entender melhor a natureza das galáxias, e um método para obter essas medidas é utilizar a posição de gigantes vermelhas. 

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Com a técnica, os astrônomos Olga Galazutdinova e Nikolay A. Tikhonov puderam determinar com precisão a distância dessas 18 galáxias anãs, que foram identificadas pelo ALFALFA enquanto as imagens foram obtidas pelo telescópio espacial Hubble. Então, com base nas imagens, eles construíram diagramas de magnitude de cores, onde um par de estrelas jovens — as supergigantes azuis e vermelhas — e uma velha população estelar de gigantes vermelhas podem ser vistas. “Assim, pudemos determinar as distâncias para as galáxias e a metalicidade de gigantes vermelhas nelas com base em equações”, explicam. 

De acordo com o artigo, as galáxias anãs têm distância entre 16,6 e 39,1 milhões de anos-luz da Terra. A precisão interna da distância de algumas galáxias anãs chegou aos 650 mil anos-luz, de modo que destacaram a precisão das medidas de distância que conseguiram. Enquanto isso, as restantes têm distância de pelo menos 20 milhões de anos-luz da Terra, enquanto 11 delas estão a mais de 27 milhões de anos-luz do nosso planeta. Por fim, seis das 18 estudadas foram classificadas como galáxias de baixa metalicidade. 

Os pesquisadores finalizam a publicação apontando que quatro galáxias anãs descritas no artigo têm forma assimétrica que poderiam ser explicada em um primeiro momento por interações com galáxias vizinhas — apesar de não haver galáxias com distâncias semelhantes identificadas na região.

O estudo foi publicado em um artigo pré-print no repositório arXiv.

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Fonte: Phys.org