18 gigantes vermelhas com pouquíssimo metal são encontradas em galáxia anã
Por Danielle Cassita |
No final de agosto, uma equipe de astrônomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) encontrou 18 estrelas gigantes vermelhas com pouquíssimo metal em sua composição. Essas estrelas estão localizadas na Galáxia Anã Elíptica de Sagitário e, dentro da amostra analisada, existe uma delas com metalicidade tão baixa em sua composição que o índice chega a ser menor do que -3,0.
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A equipe foi liderada por Anirudh Chiti, aluno do MIT. Para o estudo, eles utilizaram análises das observações feitas pelo instrumento espectrográfico MagE do telescópio Magellan-Baade, com fotometria bastante sensível à metalicidade dos objetos espaciais. Assim, eles identificaram as 18 gigantes vermelhas com baixa metalicidade na galáxia Anã Elíptica de Sagitário — ou apenas Sgr dSph.
De acordo com o estudo, nove estrelas da amostra têm índice de metalicidade -2,0, o que indica pouquíssimo metal e, também, já é mais do que o dobro do número de estrelas com baixa metalicidade conhecidas na Sgr dSph. Por fim, o objeto com menor metalicidade dentro das 18 é a Sgr-180, o que a torna uma das primeiras estrelas com pouquíssimo metal já encontradas nesta galáxia. Estudar detalhadamente esses objetos pode ser essencial para que os astrônomos compreendam melhor como os ambientes galácticos eram nos estágios iniciais de sua formação.
A Sgr dSph é a galáxia mais massiva quando comparada a outras semelhantes. Essa galáxia conta com massa que equivale a 400 milhões de massas solares e, por enquanto, apenas uma parte das estrelas com pouco metal foram identificadas nela. Mesmo assim, as galáxias deste tipo são ótimos lugares para procurarmos e estudarmos estrelas com pouco metal em sua composição.
Entretanto, o problema é que poucas estrelas pobres em metal e mais massivas na dSph foram estudadas mais profundamente. Então, os autores da equipe tentam explicar o que causa a escassez de estrelas pobres em metal enriquecidas com carbono na Sgr dSph. Uma possibilidade pode estar nas dependências da evolução química dos ambientes iniciais onde as estrelas se formam. Para confirmar essa hipótese, será preciso realizar observações espectroscópicas em alta resolução.
Fonte: Phys.org