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Asteroide é descoberto duas horas antes de atravessar a atmosfera da Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Março de 2022 às 17h14

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urikyo33/Pixabay
urikyo33/Pixabay

Um pequeno asteroide foi descoberto pelo astrônomo Krisztián Sárneczky na última sexta-feira (11) e, apenas duas horas após sua identificação, o objeto atravessou a atmosfera terrestre em direção ao norte da Islândia.

Agora catalogado como “2022 EB5”, o asteroide parece ter aproximadamente 3 metros de diâmetro e estava viajando à velocidade aproximada de 18,5 km/s. A rocha provavelmente se desintegrou durante a passagem pela atmosfera.

Naquele dia, Sárneczky descobriu a rocha com o telescópio Schmidt, do Observatório Piszkéstető. Após conduzir quatro observações sequenciais, ele relatou a descoberta do objeto “Sar2593” ao Minor Planet Center, organização que coleta dados de observações de asteroides e cometas. Os membros da instituição estimaram que a havia menos de 1% de chances de impacto e, enquanto isso, Sárneczky trabalhava em mais observações.

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Alguns minutos após ele coletar novas medidas, o sistema de monitoramento Meerket, da Agência Espacial Europeia (ESA), emitiu um alarme de 100% de chances de um impacto acontecer. Segundo os dados, a colisão do objeto aconteceria entre as 18h21 (horário de Brasília) e 21h25, menos de uma hora após a descoberta. Em resposta à notificação deste e de outros sistemas, astrônomos de toda a Europa e Ásia começaram a acompanhar o objeto.

Como estava a menos de 50 mil km da Terra, distância considerada bastante próxima, e viajava a alta velocidade, não foi fácil detectá-lo. Alguns minutos depois do momento esperado para o impacto, o Minor Planet Center forneceu a designação “2022 EB5” ao objeto, que se tornou o quinto já observado no espaço antes de atingir a Terra e o primeiro descoberto da Europa.

O que se sabe sobre a queda do asteroide

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As estimativas sugerem que o asteroide estava viajando a aproximadamente 18,5 km/s, e deve ter sido vaporizado pela fricção com o ar durante a travessia pela atmosfera. Assim, é possível que o voo da rocha pela atmosfera terrestre tenha transformado-a em um meteoro bastante brilhante, também chamado de “bola de fogo”. Até o momento, poucos moradores da Islândia relataram ter visto uma emissão brilhante no céu.

Parte disso pode se dever ao local do impacto, bastante remoto. Houve várias tentativas de observação da entrada da rocha na Islândia, a cerca de 700 km; entretanto, nuvens de baixa altitude prejudicaram as observações. Mesmo assim, detectores identificaram sinais do impacto na Islândia e na Groenlândia, sugerindo a liberação de energia equivalente a até 3 kilotons de TNT.

Se este for o caso, é possível que o asteroide não tenha apenas 1 m como se pensava inicialmente, mas sim que tenha entre 3 e 4 m de diâmetro. Por enquanto, não se sabe se partes do asteroide resistiram à passagem pela atmosfera e caíram no solo como meteoritos, já que não houve relatos de fragmentos encontrados.

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Fonte: ESA; Via: EarthSky