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Asteroide Bennu tem mineral raro e aminoácido glicina

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NASA/Erika Blumenfeld & Joseph Aebersold
NASA/Erika Blumenfeld & Joseph Aebersold

O asteroide Bennu não para de surpreender pesquisadores. Em uma análise liderada por Jessica Barnes, professora assistente no Laboratório Lunar e Planetário (LPL), cientistas descobriram que a rocha espacial tem uma reserva surpreendente do mineral fosfato de magnésio. 

O mineral ocorre na forma de partículas brancas e é pouco comum em rochas espaciais. “Não é surpresa que pensamos inicialmente que isso poderia ser um contaminante”, disse ela durante a Conferência de Ciências Lunares e Planetárias (LPSC). 

Segundo a autora, “não há bons análogos químicos do mineral na Terra, ou porque é frágil demais para sobreviver à queda ou porque desaparece pouco tempo depois”. Por isso, a presença do composto na superfície do Bennu pode ser usada para os cientistas desvendarem diferentes etapas da atividade geológica do objeto que o originou. 

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O fosfato de magnésio não foi a única surpresa nas amostras. Elas apresentaram também grande quantidade de glicina, o aminoácido mais simples que é também ingrediente essencial das proteínas. 

Ainda, as amostras do Bennu contêm outros minerais com água na composição, como carbonato e olivinas. Eles são evidências importantes de que, antes de formar o Bennu, o objeto-pai dele passou por diferentes eventos relacionados à água. 

As amostras do asteroide foram coletadas em 2020 pela missão OSIRIS-REx, e chegaram à Terra em dezembro de 2023. Após liberar a cápsula com o material, a sonda seguiu em sua missão estendida, viajando rumo ao asteroide Apophis.

Fonte: LiveScience