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"Armadura" do asteroide Bennu o faz parecer mais jovem, diz estudo

Por| Editado por Rafael Rigues | 17 de Junho de 2022 às 16h00

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NASA
NASA

Um estudo liderado pela Lockheed Martin Space observou que o asteroide Bennu possui uma espécie de “armadura” que o protege de impactos de pequenos meteoros. Isto explicaria o pequeno número de crateras na superfície do asteroide, que o faz parecer mais jovem do que realmente é.

Lançada em 2016, a sonda OSIRIS-REx, da NASA, coletou amostras da superfície de Bennu em 2020 e atualmente segue sua viagem de volta à Terra. A missão forneceu uma série de dados que ajudam os pesquisadores a entender como asteroides como Bennu reagem a impactos energéticos.

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Bennu é classificado como um asteroide de “pilha de escombros”, ou seja, ele se formou a partir dos detritos de asteroides maiores que foram quebrados após um antigo impacto. Ao longo do tempo, estas sobras se uniram sob o efeito da gravidade e deram origem a Bennu.

A partir da quantidade das crateras encontradas na superfície de um corpo espacial, os cientistas podem estimar sua idade. Portanto, um corpo com muitas crateras de impacto tende a ser mais antigo do que um com poucas. Ao mesmo tempo, o tamanho das crateras pode indicar a dimensão do objeto que as criou.

Escudo protetor de Bennu

Meteoros pequenos são mais numerosos que os maiores, então grandes corpos, como asteroides, normalmente apresentam um maior número de crateras pequenas. Em Bennu, o número de crateras grandes diminui à medida que o tamanho delas aumenta.

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Entretanto, quando se trata de crateras menores (entre 2 a 3 metros de diâmetro), o número reduz conforme o tamanho delas diminui. Os pesquisadores acreditam que o escudo de detritos na superfície de Bennu impede que pequenos meteoros formem crateras.

Em vez disto, estes pequenos impactadores são mais propensos a quebrar ainda os detritos da superfície. Além disto, os meteoros que atravessam a camada de escombros criam crateras menores do que seriam se a superfície de Bennu fosse coberta por partículas menores e uniformes, como areia.

Esta dinâmica muda a superfície de Bennu de maneira diferente de outros corpos celestes cobertos por grãos finos ou sólidos; e faz com que a superfície do asteroide se parece muito mais jovem do que seu interior.

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O trabalho foi apresentado na revista Nature Geoscience.

Fonte: Nature Geoscience, Via Phys.org