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Arco avermelhado aparece no céu após tempestade solar intensa

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Abril de 2023 às 13h09

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Ruslan Merzlyakov
Ruslan Merzlyakov

Um raio avermelhado luminoso brilhou no fim de março no céu de regiões da Dinamarca após uma tempestade solar que surpreendeu cientistas com sua intensidade. O fenômeno em questão era um arco auroral estável (SAR, na sigla em inglês) vermelho e foi registrado pelo astrofotógrafo Ruslan Merzlyakov.

"Naquela noite, entre os dias 23 e 24 de março, Møns Klint era a única área em toda a Dinamarca com céu limpo, então, naturalmente, quis tentar capturar as auroras", escreveu Merzlyakov. "Em vez disso, consegui este maravilhoso SAR".

Confira:

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Quando as partículas liberadas pelo Sol durante erupções solares e outros fenômenos chegam à Terra, elas podem formar auroras boreais coloridas. Já o arco auroral não é uma aurora, e menos ainda um fenômeno estável — o nome é uma "lembrança" de quando os SARs foram descobertos pelos cientistas, ainda com uma concepção equivocada sobre o evento.

A grande diferença está na formação das auroras e dos SARs. Enquanto as auroras boreais são formadas pelas interações entre partículas do Sol e gases na atmosfera, o SAR vem da luz emitida por moléculas de oxigênio na atmosfera superior terrestre, que foram aquecidas pelo sistema correntes elétricas que cercam nosso planeta.

O sistema de correntes envolve a magnetosfera da Terra (nome da área ao redor do nosso planeta controlada pelo campo magnético) e aquece os gases da atmosfera superior; assim, ocorre o brilho que lembra o das auroras, mas que tem uma origem completamente diferente. Já a cor é resultado do aquecimento do oxigênio, o único gás aquecido durante o SAR.

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Os SARs ocorrem frequentemente, mas como têm brilho fraco, costumam passar despercebidos. Por coincidência, este SAR aconteceu acompanhado por uma das mais intensas tempestades geomagnéticas ocorridas nos últimos anos, causada por uma grande ejeção de massa coronal. A tempestade foi tão intensa que enfraqueceu a magnetosfera, permitindo que mais calor do sistema de correntes chegasse à atmosfera superior, o que facilitou a observação do arco.

Fonte: Space Weather, Instagram