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Amostras do asteroide Ryugu contêm gases da exposição ao espaço

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Outubro de 2022 às 11h00

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Uma equipe internacional de pesquisadores está analisando gases em meio às amostras do asteroide Ryugu, coletadas pela missão Hayabusa 2. Esta é a primeira vez que gases de um asteroide são coletados, e podem ajudar os cientistas a entenderem melhor como e onde esta rocha espacial e até outros objetos do Sistema Solar se formaram.

A análise do ferro nas amostras sugere que o asteroide pode ter sido formado perto de Urano e Netuno. “Essencialmente, todo o nosso conhecimento de como consideramos que o Sistema Solar foi formado e como o material do Sistema Solar externo é, é baseado em meteoritos”, disse Henner Busemann, membro da equipe que analisou as amostras.

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Os meteoritos são fragmentos de objetos espaciais, como asteroides, que sobrevivem à passagem pela atmosfera terrestre e conseguem chegar ao solo. Só que, durante a viagem, eles acabam contaminados pelo ar, tempo e, às vezes, por pessoas que os encontram e tocam. “Neste caso, sabemos exatamente de onde a amostra veio, e ela nunca tocou o solo ou viu a chuva”, acrescentou.

Assim, os pesquisadores conseguiram analisar os gases das amostras, que seguiram no contêiner do material. Alguns deles vieram da radiação espacial que, embora seja bastante nociva para nós, causa mudanças importantes no asteroide. “As rochas passam por reações nucleares, que podem nos dizer por quanto tempo ficou exposta”, dsse.

As rochas das amostras estavam na superfície do Ryugu por aproximadamente 5 milhões de anos, mas o asteroide propriamente dito parece ter cerca de 4,5 bilhões de anos. A idade é consistente com as mudanças na superfície de asteroides observados perto da Terra e sugere que o Ryugu deve ter migrado do lugar de onde “nasceu” há alguns milhões de anos.

Os artigos que descrevem as análises foram publicados na revista Science Advances.

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Fonte: Science Advances (1, 2); Via: News Scientist