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Amostras da missão Chang'e 5 revelam processos de mudança da superfície lunar

Por| Editado por Rafael Rigues | 13 de Abril de 2022 às 19h00

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Xinhua/Jin Liwang
Xinhua/Jin Liwang

Análises das amostras lunares coletadas pela missão Chang’e 5, da China, revelam as condições da meteorologia espacial nas latitudes médias da Lua, e contribuem também para o estudo da evolução dos materiais na superfície lunar. A análise foi conduzida pelo Instituto de Geologia e Ciências da Terra da Academia Chinesa das Ciências, junto de outras equipes de investigação científica.

A missão Chang’e 5 coletou quase 2 kg de amostras da região de Oceanus Procellarum, na Lua. Análises recentes mostraram que o material foi afetado por diferentes fatores combinados, como impactos de micrometeoritos, partículas eletricamente carregadas do vento solar e a irradiação de raios cósmicos. Além disso, os pesquisadores observaram que a estrutura da superfície de minerais diferentes foi afetada de formas variadas.

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Gu Lixin, engenheiro superior do Instituto de Geologia e Geofísica na Academia Chinesa de Ciências, afirmou que, ao longo de milhões de anos, a superfície da Lua ficou sujeita a intensas intempéries espaciais, como os impactos de micrometeoritos e ação do vento solar. “Estes processos alteram bastante a morfologia, estrutura e composição química do material de superfície lunar”, disse.

As amostras foram coletadas de uma região em latitude média e, ao que tudo indica, não há diferenças significativas na microestrutura das partículas do solo lunar obtido pela Chang’e 5, em comparação com as amostras obtidas pelas missões do programa Apollo. Os pesquisadores observaram que, embora as amostras sejam minúsculas, cada pequena partícula representa uma pequena massa de rocha individual.

Por isso, a composição mineral, topografia da superfície, estrutura e composição são ricos em informações sobre a evolução lunar e meteorologia do espaço. Para Lixin, o material oferece uma perspectiva única para o estudo da meteorologia espacial em diferentes latitudes do nosso satélite natural.

As conclusões são o fruto de uma série de métodos analíticos empregados para o estudo do material. Através de diferentes técnicas de microscopia eletrônica, os pesquisadores chineses identificaram o mecanismo de meteorização espacial nas amostras.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Geophysical Research Letters.

Fonte: Geophysical Research Letters; Via: IT Home