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1º pouso na Lua do Programa Artemis não deve acontecer antes de 2026

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Março de 2022 às 12h17

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O primeiro pouso na Lua, através do Programa Artemis, parece que não vai acontecer antes de 2026. É o que disse Paul Martin, inspetor geral da NASA, durante uma audiência realizada na terça-feira (1º) para trazer atualizações do andamento do programa a membros do Congresso dos Estados Unidos, preocupados com o aumento nos custos e com os constantes adiamentos no cronograma da empreitada.

Segundo Martin, ao considerar o tempo necessário para desenvolver e testar o sistema de pouso e os novos trajes espaciais, eles estimam que, com base no trabalho atual, o pouso lunar tripulado ficará para 2026 — mas “pode ser ainda mais tarde”, alertou.

Inicialmente, a ideia era levar novos astronautas à superfície lunar em 2024, mas, no ano passado, oficiais da NASA anunciaram que o pouso na Lua seria adiado, e que não ocorreria antes de 2025.

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Durante questionamentos na audiência, Martin reconheceu que a função de inspeção geral é ver cronogramas de forma mais crítica que a NASA, mas concordou que 2025 é um prazo pouco viável para a agência espacial. Além disso, há desafios à frente relacionados à certificação do módulo de pouso Human Landing System (HLS) e mudanças estratégicas por parte da NASA, que podem fazer com que leve mais tempo para buscar tecnologias “ainda não amadurecidas”.

Juntos, estes fatores sugerem que, como vão exigir mais tempo e mais desenvolvimento, o pouso lunar em 2025 não é impossível, mas improvável. “Não achamos impossível, mas é uma meta estendida”, disse Patricia Sanders, diretora do Aerospace Safety Advisory Panel, em relação ao pouso em 2025. “É bom ter objetivos estendidos em relação ao cronograma, mas vocês precisam ser realistas”.

Já Dan Dumbacher, diretor executivo da American Institute of Aeronautics e ex-oficial da NASA, acredita que 2025 é uma data bastante otimista, mas que talvez não possa ser cumprida. “Uma janela de 2025 a 2027 é, provavelmente, mais realista, com o foco certo e os recursos certos”, explicou.

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A situação do Programa Artemis

A audiência contou com testemunhas do Government Accountability Office (GAO), Aerospace Safety Advisory Panel (ASAP) e Office of Inspector General (OIG), da NASA, que retomaram questionamentos sobre a gestão e custos do programa. Em sua fala, William Russell, diretor de contratação e aquisições de segurança nacional, sugeriu que o problema é que a NASA está tentando cuidar de riscos múltiplos de uma só vez, enquanto tenta também cumprir um cronograma apertado.

Alguns dos oficiais presentes pressionaram por detalhes gerais do programa. “A NASA precisa nos trazer um plano atualizado, um cronograma preciso e um orçamento realista”, disse Frank Lucas, membro do comitê presente. “Colocando de forma simples: digam quanto tempo vai levar, como faremos isso e quanto custa. O programa Artemis deve ser a maior prioridade da NASA”, declarou.

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Representantes da agência espacial, por sua vez, apontaram problemas que contribuíram para o aumento de custos e atrasos, principalmente relacionados à pandemia de covid-19. James Free, administrador associado de desenvolvimento de sistemas de exploração na NASA, não falou sobre estimativas precisas para o pouso da missão Artemis 3, mas ressaltou que novas informações sobre custos e cronogramas virão, conforme a agência formula seu novo orçamento.

Além disso, ele afirmou que há uma nova arquitetura interna em desenvolvimento, cujos detalhes devem ser divulgados até o fim do ano, e enfatizou que estes planos são necessários para dar apoio a missões futuras para Marte. “Nosso objetivo final é colocar pessoas em Marte”, disse. “É levar duas pessoas para lá, por 30 dias na superfície, e trazê-las de volta em segurança. Tudo que fizermos deve ser impulsionado pelos resultados na Lua”.

Fonte: Via: Space.com, SpaceNews