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The Flash | Polêmicas com Ezra Miller viram crise dentro da Warner

Por| Editado por Jones Oliveira | 22 de Junho de 2022 às 10h10

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The Flash chega aos cinemas somente em junho de 2023 e, mesmo faltando um ano para sua estreia, já vem se mostrando uma enorme dor de cabeça para a Warner Bros. Mais do que isso, o longa parece ser a primeira grande crise que o novo CEO da companhia, David Zaslav, vai ter que encarar.

Isso porque a situação não é nada positiva e qualquer solução pode não só causar prejuízos milionários como arruinar planos futuros. E tudo por causa de um único nome: Ezra Miller. O ator é a grande estrela do longa, mas tem protagonizado o noticiário policial e de fofoca com uma série de escândalos, seja com rompantes de violência ou mesmo com acusações mais graves.

E tudo isso pode colocar não só seu futuro, mas o próprio planejamento do estúdio em xeque. Desde que assumiu a presidência da Warner Discovery, Zaslav deixou claro que a ideia é otimizar gastos e apostar em projetos mais certeiros, e isso incluiria botar ordem na casa e desenvolver um Universo Cinematográfico da DC (DCEU, na sigla em inglês) mais coeso aos moldes do que a rival Marvel vem fazendo há mais de uma década.

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Tudo bem que a gente sabe que a Warner já tentou isso no passado e, após uma série de tropeços, parece ter encontrado um caminho mais conservador, com estreias isoladas inspiradas em seus personagens. Contudo, o executivo não abriu mão da ideia de criar histórias conectadas para repetir o sucesso da concorrência — e, nesse sentido, The Flash era a grande aposta.

Apesar de todos os adiamentos que atrasaram o longa por anos, o filme do Velocista Escarlate é a grande aposta para unir tudo o que já foi feito e dar coesão ao novo DCEU — ou seja lá como vão chamá-lo daqui em diante. Ele traz um personagem que já foi apresentado anteriormente, traz de volta o Batman de Ben Affleck que pertencia ao “Snyderverso” da DC, retorna aos clássicos com o Batman de Michael Keaton e ainda introduz novas versões de personagens já conhecidos, como a Supergirl de Sasha Calle. E tudo isso misturado com a ideia de multiverso, que é o conceito do momento.

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É uma combinação que realmente faz com que The Flash seja a pedra-fundamental para que a Warner tenha um norte para seu universo de super-heróis e que justifica por que foram investidos mais de US$ 200 milhões para dar vida a essa ideia. E é por isso que a preocupação em torno de Ezra Miller esteja tirando o sono de Zaslav e demais executivos da Warner.

Histórico de problemas

Faltando um ano para a estreia de The Flash, o filme começa a chamar a atenção do noticiário e de forma bem negativa a cada nova polêmica relacionada ao ator. As controvérsias começaram em 2020, quando um vídeo mostrava ele agredindo uma fã na Islândia, jogando a jovem no chão e tentando estrangulá-la.

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Já em 2022, ele foi detido no Havaí após arranjar uma confusão em um bar e ameaçar alguns dos frequentadores do local. Alguns dias depois, ele voltou ao noticiário policial quando um casal entrou com uma medida restritiva por causa de ameaças e uma tentativa de roubar o passaporte do pessoal.

Contudo, as coisas se tornaram mais graves há algumas semanas, quando uma família estadunidense também entrou na Justiça pedindo medidas restritivas contra Miller após ele ter agido de forma “inapropriada” com uma criança de 12 anos e ameaçado familiares.

Em outro caso, os pais de uma jovem de 18 anos acusam o ator de ter intimidado e drogado a garota — embora ela tenha dito que não foi coagida a nada e até publicou um vídeo defendendo Ezra Miller.

Sem saída fácil

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O fato é que esse acúmulo de manchetes negativas é um problema que começa a incomodar a Warner, principalmente em relação ao impacto que o comportamento errático do ator pode ter no lançamento de The Flash em 2023. É essa a crise que David Zaslav precisa gerir desde já para evitar um prejuízo muito maior no futuro. O problema é que não há saída fácil para isso.

A grande questão é que, de acordo com a avaliação da empresa, pode ser muito arriscado para o sucesso comercial do filme mais episódios como os já registrados até aqui. Até então, The Flash vem acumulando publicidade negativa por causa das ações de seu protagonista e isso pode ser ainda mais delicado às vésperas da estreia. Mais do que isso, há o temor de que os rompantes de violência de Miller aconteçam durante a divulgação do longa, o que seria uma verdadeira tragédia para a imagem do filme.

Por isso mesmo, fontes ligadas à Warner Discovery contaram ao Deadline que o estúdio já pensou em várias tentativas de contornar o problema. A primeira delas foi tentar buscar ajuda para o ator em uma tentativa de mantê-lo sob controle e evitar novas polêmicas, mas as manchetes recentes mostram que a medida não surtiu muito efeito. E as demais alternativas podem não ser muito boas.

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A primeira delas seria montar uma espécie de comitê de gerenciamento de crise, mantendo a estreia de The Flash para junho de 2023, mas apostando pesado em publicidade e marketing, mas sem fazer as tradicionais turnês e sessões de entrevistas. Em resumo, seria fazer uma divulgação bastante impessoal e escondendo Ezra Miller para evitar que as coisas possam sair do controle.

Esse é o caminho visto como mais seguro, embora a ausência de seu astro na divulgação seja algo um tanto quanto incomum e que pode prejudicar a imagem do herói em meio à imprensa e ao público.

Outro caminho seria tirar The Flash dos cinemas e lançá-lo diretamente na HBO Max. Assim, a Warner não precisaria passar por todas as etapas clássicas de divulgação e evitaria o constrangimento de esconder seu herói. O problema é que esse é um projeto de US$ 200 milhões e esse movimento certamente vai resultar em prejuízo, já que a expectativa era que o filme tivesse uma bilheteria bem mais expressiva do que isso.

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Por fim, o terceiro caminho seria o de manter as coisas como estão e, caso Ezra Miller continue se mostrando um problema de relações públicas ambulante, retirá-lo de eventuais sequências. Seria basicamente o que vimos acontecer com Johnny Depp em Animais Fantásticos: ele estrelou Os Crimes de Grindelwald mesmo com todas as acusações em relação ao seu divórcio com a atriz Amber Heard e foi substituído por Mads Mikkelsen em Os Segredos de Dumbledore.

Tanto que já há um movimento na internet pedindo que o ator Grant Gustin, que vive o Flash na série de TV, assuma o manto do Velocista Escarlate nos próximos filmes da DC.

De qualquer forma, a avaliação da Warner é que todas as soluções pensadas até agora são negativas e que devem continuar preocupando Zaslav e demais executivos ao longo de todo o próximo ano. A expectativa, segundo fontes ligadas ao estúdio, é que, nessa reta final para a chegada de The Flash, Ezra Miller pare de fazer besteira e fique longe das páginas policiais para, pelo menos, evitar novos estragos.

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Fonte: Deadline