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9 desenhos dos anos 1980 que ganharam remake (e você nem lembrava)

Por| Editado por Jones Oliveira | 21 de Junho de 2021 às 18h10

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Reprodução/Disney+, Cartoon Network, Netflix
Reprodução/Disney+, Cartoon Network, Netflix

A nova animação de He-Man chega à Netflix no próximo dia 23 de julho com a promessa de reviver o clássico desenho com uma abordagem mais moderna, deixando de lado as histórias mais infantis, os visuais exagerados e as lições de moral em cada episódio. No entanto, a vindoura Mestres do Universo: Salvando Eternia é apenas mais uma entre as várias tentativas de ressuscitar franquias icônicas para o público atual.

Nos últimos anos, vimos diversas animações que também fizeram muito sucesso nos anos 1980 ganhando remakes e revivals do gênero. Algumas mantiveram o clima das histórias originais, enquanto outras seguiram por novos caminhos até mesmo para conquistar novos fãs depois de tanto tempo.

É claro que nem sempre essas tentativas de reviver desenhos clássicos conseguem repetir o sucesso do original. O próprio He-Man, por exemplo, já teve outros remakes antes dessa iniciativa da Netflix e pouca gente sequer sabe da existência deles.

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Por isso, pegando carona na chegada de Mestres do Universo: Salvando Eternia ao serviço de streaming, o Canaltech revirou os baús da nostalgia para relembrar outras animações dos anos 1980 que ganharam novas versões recentemente e lembrar que está muito na moda ser retrô.

Vale destacar que optamos por deixar franquias como Tartarugas Ninja, Transformers e Scooby-Doo de fora porque elas estão sempre ganhando novas versões, o que faz com que elas não se encaixem na proposta do remake que a gente aborda aqui. Assim, ficam como menções honrosas.

9. He-Man e os Mestres do Universo

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Já que falamos nesse remake, vamos começar a nossa lista por ele. Em 2002, a Mattel tentou revitalizar o personagem e encomendou uma nova animação que o modernizasse para os anos 2000. Para isso, He-Man abandonou o cabelo chanel e trocou a sunga felpuda por uma tanga que lhe deixou um pouco mais parecido com um bárbaro. Além disso, outros personagens também passaram por mudanças semelhantes, como o próprio Esqueleto e o elenco de apoio do protagonista.

Só que a mudança não foi apenas estética. A versão de Mestres do Universo de 2002 também mexeu no roteiro, criando novas histórias de origens que nunca tinham sido contadas e desenvolvendo um arco narrativo que não existia na animação original.

O remake durou duas temporadas, entre 2002 e 2004, mas foi cancelado com apenas 39 episódios porque, apesar das boas intenções, o desenho não teve o apelo esperado e nem mesmo os bonecos que foram relançados na mesma época conseguiram conquistar o fã saudosista e nem a criançada da época.

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8. She-Ra e as Princesas do Poder

Ainda falando do universo de Eternia e arredores, não podemos deixar de citar She-Ra e as Princesas do Poder. A animação da Netflix chegou em 2018 e foi um enorme sucesso, principalmente por ter reinventado a personagem quase por completo. A produção foi feita por Noelle Stevenson, uma artista que já vinha fazendo muito sucesso nos quadrinhos e que levou parte dos conceitos que trabalhava em suas obras para o desenho. E apesar de a repaginada dada na história de Adora seja considerada até hoje como um dos revivals que mais deu certo, o relançamento foi cercado de muita discussão.

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Isso porque o público mais purista não gostou nada da mudança de visual e conceito proposta pelo remake, abandonando a sexualização do cartoon dos anos 1980 e adotando um estilo mais moderno e variado. Só que, ao mesmo tempo em que alguns marmanjos chiaram, uma nova leva de fãs de She-Ra surgiu para mostrar que a atualização deu muito certo.

Em termos de história, She-Ra e as Princesas do Poder parte apenas da premissa básica da animação original e, daí em diante, decide seguir com as próprias pernas. E levando em conta que o clássico nada mais era do que uma Barbie com espada, a mudança fez muito bem para a série.

7. Thundercats

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Os Gatos do Trovão são até hoje lembrados como uma das melhores animações dos anos 1980 (muito embora o pessoal lembre muito mais da abertura do desenho do que das histórias em si), então era natural que alguém ia tentar tirá-los da toca do tempo e fazer um remake.

Essa iniciativa veio em 2011 com um desenho que mexeu em praticamente tudo dentro da série. O herói Lion-O não era mais um marmanjo de sunga azul-bebê e cabelo extravagante, todos os seus aliados ganharam novas versões e até mesmo o Snarf deixou de ser um personagem irritante para se tornar somente o animal de estimação dos protagonistas.

Mais do que isso, o desenho apostou pesado na ação e na expansão do seu universo. Adotando um estilo mais próximo do anime e criando um arco narrativo sobre a origem da Espada Justiceira e os primeiros confrontos contra Mumm-Ra, o desenho tinha tudo para reinventar a série — exceto audiência. No fim, acabou cancelado com apenas 26 episódios.

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6. Thundercats Roar

Se a ação não deu certo, que tal apostar em comédia? Pois foi exatamente essa a solução que a Cartoon Network encontrou para tentar reviver Thundercats mais uma vez. Em Roar, o desenho ficou bem mais infantil tanto na arte quanto nas histórias. Lion-O não era mais o herói que liderava o grupo, mas um pateta que enfiava o restante do time em confusões enquanto tentava ser herói e os vilões deixaram de ser uma grande ameaça para servir de alívio cômico.

A fórmula tinha sentido, já que vinha na sequência de várias animações no mesmo estilo, como Hora de Aventura e Apenas um Show. Contudo, os fãs do desenho clássico reclamaram muito da nova abordagem, que também teve dificuldades em conquistar o público mais novo. Resultado: foi cancelado ainda na primeira temporada.

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5. Ducktales

A Disney foi outra que entrou na onda de revitalizar desenhos clássicos e, para isso, trouxe uma das pratas da casa dos anos 1980: Ducktales. Com direito a música-tema e tudo, a versão de 2017 dos Caçadores de Aventura (UH HU) fez o dever de casa muito bem e entregou tudo aquilo que um remake precisa: novos visuais, desenvolvimento de personagens, arcos narrativos e um enorme respeito pelo material original.

As aventuras do Tio Patinhas ao lado de seus sobrinhos deu muito certo e se mostrou também como uma enorme homenagem a várias animações do estúdio, criando um universo próprio. Resgatou personagens do desenho original, trouxe outros que apareceram somente nos quadrinhos e até fez referências a desenhos como Tico e Teco: Defensores da Lei, Darkwing Duck e Ursinhos Gummi — e tudo de uma forma que fazia sentido para a história que estava sendo contada.

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Com um elenco de peso na versão original, o desenho durou três temporadas, com os últimos episódios exibidos agora em 2021. Está disponível no Disney+ e a música segue grudando na sua cabeça. UH HU.

4. Voltron: O Defensor Lendário

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Este é um exemplo em que o remake deve ser mais famoso que o original. Uma das primeiras apostas da Netflix no mundo das animações, O Defensor Lendário é uma modernização de Voltron: O Defensor do Universo, um desenho que praticamente nunca chegou ao Brasil. No máximo, alguns episódios foram lançados ainda em VHS, mas nunca teve uma oportunidade na TV.

Ainda assim, a versão de 2016 produzida pelo serviço de streaming foi muito bem recebida pelo público, mesmo que não tenha se tornado um grande fenômeno. De qualquer forma, foi o bastante para garantir oito temporadas da aventura espacial com robôs gigantes.

3. Inspetor Bugiganga

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Vamos ser sinceros e concordar que Inspetor Bugiganga não é bem um clássico; é mais aquele desenho que passava antes de qualquer outro que a gente realmente queria ver. Ainda assim, isso foi o suficiente para apostarem em um remake em computação gráfica lançado em 2015.

A história, na verdade, era uma sequência da animação original, mostrando a sobrinha do protagonista sendo agora treinada para também se tornar uma agente secreta. Rendeu quatro temporadas e, no Brasil, foi exibida apenas na TV a cabo e agora está disponível na Netflix.

2. Carmen Sandiego

Ok, o desenho original de Carmen Sandiego já era dos anos 1990, mas o jogo que deu origem à personagem surgiu em 1985, o que faz dela oficialmente uma protagonista dessa década. E assim como no caso de She-Ra, a versão moderna da ladra lançada pela Netflix mudou radicalmente todos os conceitos em torno dela.

Primeiro que o visual ficou um pouco mais estilizado e infantil, sem o ar sedutor e misterioso que a personagem carregava no desenho. Além disso, ela passou a ser a protagonista das histórias, e não mais a pessoa que os protagonistas perseguiam pelo mundo. Com isso, criou-se uma trama de escola de ladrões e Carmen Sandiego tendo que decidir sobre o que é certo e errado.

1. Cavaleiros do Zodíaco

Talvez o anime mais importante que já passou pelo Brasil e abriu as portas para a invasão japonesa na nossa TV. Por aqui, o desenho passou em 1994 na extinta TV Manchete, mas foi exibido originalmente entre 1986 e 1989 no Japão. E justamente por esse clássico ser lembrado com carinho até hoje, era óbvio que alguém ia decidir fazer um remake.

O responsável por isso foi a própria Netflix, que adaptou a história dos Cavaleiros de Bronze para uma animação em computação gráfica com diversos elementos modernizados. A história básica é a mesma, mas a Guerra Galáctica virou um torneio clandestino, Seiya passou a usar sombrero e a lutar contra tampas de bueiro. Isso sem falar da mudança de gênero do personagem Shun, que virou uma mulher na nova versão e irritou os fãs.

Apesar dos esforços de conquistar quem curtia o anime original, a versão da Netflix não conseguiu ganhar ninguém pela nostalgia e muito menos pela atualização. E o principal problema foi justamente a falta de coragem de mexer na história: se era pra alterar alguma coisa, que fizesse isso de verdade e não apenas contasse o que a gente já sabia alterando elementos aqui e ali. Se for para ver tudo de novo, o anime está logo ali.