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Quem é a Coração de Ferro e qual sua relação com o Homem de Ferro?

Por| Editado por Jones Oliveira | 01 de Julho de 2022 às 22h20

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Marvel Comics
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O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) está prestes a ganhar uma nova heroína adolescente. Riri Williams vai fazer sua estreia nas telonas no vindouro Pantera Negra: Wakanda Forever e já chega com muitas promessas — afinal, ela nem foi apresentada ainda e já vai ganhar uma série própria, a Coração de Ferro. E toda essa aposta nos deixa nos deixa muito curiosos com o que está por vir.

Nos quadrinhos, ela é uma personagem bastante recente cuja origem está bem ligada ao Homem de Ferro. Contudo, mesmo tendo surgido há apenas alguns anos, ela rapidamente cresceu e se tornou independente de seu mentor, sendo parte fundamental desse núcleo teen da editora.

E isso é bastante simbólico também para o MCU. Com todos os rumores em torno de uma possível formação dos Jovens Vingadores (ou dos Campeões) nas telas, a introdução de Riri Williams nesse momento da cronologia é bastante significativa.

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Só que, antes de especularmos sobre o que tudo isso quer dizer, é preciso entender uma coisa: quem diabos é a Coração de Ferro?

A Tony Stark da nova geração

Riri Williams é uma personagem bem recente mesmo do universo Marvel. Ela surge inicialmente em 2016 nas páginas da revista do Homem de Ferro e, já no ano seguinte, vestiu sua armadura definitiva e adotou o nome de Coração de Ferro para se tornar uma heroína longe da sombra de Tony Stark.

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E o fato de ela aparecer em uma revista do Homem de Ferro já mostra bem o quanto a sua relação com o herói é estreita. Tanto que a primeira menção a ele é feita quando o próprio Stark comenta sobre uma adolescente que foi capaz de recriar sua armadura.

Embora pareça algo forçado, essa é realmente a origem de Williams. Ela é essa criança super inteligente que desde muito criança se revelou um gênio — do tipo que, aos 11 anos de idade, já havia sido aceita no MIT e que fazia suas invenções na garagem de casa.

Isso tudo serve para explicar como uma garota de apenas 15 anos conseguiu construir sua própria armadura. Utilizando um modelo antigo do traje de Stark presente na universidade, Riri usa engenharia reversa para desvendar o funcionamento da roupa e cria uma versão própria a partir de materiais roubados da própria instituição.

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Logo após ser descoberta por seguranças do campus e sair voando por aí com o seu protótipo, ela testemunha uma tentativa de fuga de uma penitenciária. Sem pensar duas vezes, ela usa o traje para impedir os criminosos em uma ação que chama a atenção do próprio Stark.

Assim, o herói localiza a adolescente e se oferece para ser uma espécie de mentor, ajudando-a a se tornar uma super-heroína de verdade. Assim, ele auxilia na construção de uma versão aprimorada da armadura e oferece toda a tecnologia necessária para que Riri pudesse trabalhar com tranquilidade.

Por causa dessa admiração que a jovem tinha com Stark e a gratidão por tudo o que ele fez, a garota luta pelo Homem de Ferro na segunda Guerra Civil da editora, enfrentando as forças da Capitã Marvel.

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E aqui vale um ponto bastante curioso que diz muito sobre essa origem da Coração de Ferro: notou como toda a relação de Riri com Stark espelha muito aquilo que vimos no MCU com o Homem-Aranha de Tom Holland? As duas histórias foram lançadas quase ao mesmo tempo, em 2016, com apenas alguns poucos meses de diferença e esse paralelo entre o modo como o Vingador se relaciona com os adolescentes é algo que realmente chama a atenção. Coincidência ou algo previamente planejado?

De qualquer forma, o que realmente importa é o que vem a seguir. No fim de Guerra Civil 2, Stark entra em coma após sua luta com Carol Danvers. Por isso, Riri Williams decide dar continuidade ao legado de seu mentor e se transforma em uma heroína de verdade, assumindo o título de Coração de Ferro dali em diante.

Para isso, além de usar uma versão atualizada do traje, ela conta com uma inteligência artificial que adota a forma do próprio Stark, que passa a acompanhá-la e a guiá-la nessa nova vida. Lembra-se do Obi-Wan fantasma da Força em Star Wars? Pois a dinâmica é a mesma.

Os caminhos da heroína

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É ao deixar a tutela de Tony Stark — pelo menos em sua versão de carne e osso — que Riri Williams passa a ser uma heroína mais completa dentro do universo Marvel. Até porque ela ganha uma revista própria e passa a atuar no vácuo deixado pelo Homem de Ferro, chamando a atenção de aliados e inimigos do herói.

Assim, da mesma forma que passa a ser monitorada pela S.H.I.E.L.D, ela também entrou na mira de alguns vilões. E suas primeiras ações como Coração de Ferro rapidamente abriram algumas portas, permitindo que ela tivesse acesso livre tanto à tecnologia Stark quanto aos laboratórios do próprio MIT — o que fez com que ela seguisse o maior legado de Tony: a troca constante de armaduras.

É nesse período que a S.H.I.E.L.D. a coloca em uma missão para invadir a Latvéria, país do vilão Doutor Destino, para impedir ações terroristas vindas de lá. E ela não só resolve a situação como dá um golpe de Estado e se declara a nova monarca da nação do leste europeu. Assim, ela usa seu novo posto para organizar as primeiras eleições livres do local.

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Essa sua investida no mundo heroico se dá de forma tão ascendente que não demora muito para ela ser convidada a entrar em um grupo. Os recém-formados Campeões — equipe de jovens criada pela Miss Marvel, Miles Morales e Nova ainda durante a Guerra Civil 2 — oferecem um lugar no time e é quando vemos um fortalecimento desse núcleo teen da Marvel.

É nessa fase, inclusive, que a personalidade de Riri é melhor trabalhada e é mostrado o quanto ela tem problemas de socialização, quase como uma espécie de efeito colateral de sua genialidade. Tanto que ela deixa os Campeões justamente quando Viv (a filha do Visão) se declara para ela e a jovem não sabe como reagir ou retribuir o afeto. Assim, para evitar uma situação mais constrangedora, ela volta a atuar sozinha.

Assim, além de se livrar da inteligência artificial na forma de Tony Stark, Riri passa a participar de aventuras próprias e a participar mais de outros cantos do universo Marvel. Tanto que ela chega a atuar ao lado de Shuri e Okoye em Wakanda envolvendo uma conspiração do grupo Dez Anéis.

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Coração de Ferro no MCU

A grande questão é como isso tudo vai ser adaptado para o MCU. A confirmação de que a personagem vai ser interpretada por Dominique Thorne em Pantera Negra: Wakanda Forever e que ela vai ter a sua própria série no Disney+ já acende um sinal de alerta sobre a importância dentro do universo cinematográfico, mas a grande questão é como.

Nas HQs, a origem da Coração de Ferro está diretamente ligada a Tony Stark. Ela é uma espécie de versão adolescente e moderna do herói, sendo alguém tão genial quanto ele e seguindo os seus passos no combate ao crime até o ponto de ser tutorada pelo Vingador. E mesmo quando o Homem de Ferro sai de cena, Stark segue sendo esse mentor na forma de uma IA.

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Só que nada disso deve acontecer no MCU. O contrato de Robert Downey Jr foi finalmente encerrado, então não devemos ter nenhum tipo de interação de Dominique Thorne com o ator, seja em sua forma física ou digital. Isso não impede, porém, que ela siga como uma admiradora do Homem de Ferro que recriou sua armadura como uma forma de honrar o legado do herói.

Essa é uma narrativa que faz bastante sentido dentro do que os filmes e séries vêm apresentando. Desde Vingadores: Ultimato, vimos várias menções ao modo como o mundo passou a tratar o sacrifício dos heróis na luta contra Thanos a ponto de Stark ser tratado como um mártir. Assim, não seria estranho essa ser a fagulha para a criação da Coração de Ferro.

Por outro lado, o fato de Riri Williams aparecer primeiro em Pantera Negra levanta algumas dúvidas sobre alguma possível origem wakandiana da jovem ou mesmo alguma ligação com Shuri e o próprio T’Challa — e o fato de a gente não saber nada sobre Wakanda para Sempre também não ajuda.

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De qualquer forma, mais importante que como ela vai ser introduzida é a sua participação desse ponto em diante. Afinal, já estamos vendo várias movimentações da Marvel para a formação dos Jovens Vingadores — ou Campeões ou seja lá como esse grupo vai se chamar — com a entrada de Kate Bishop (Hailee Steinfeld), Yelena Belova (Florence Pugh) e Kamala Khan (Iman Vellani) e seria mais do que natural termos a Coração de Ferro se aliando ao grupo.

Contudo, isso tudo ainda é meramente especulativo. De concreto mesmo, apenas o fato de que a personagem vai estar no novo Pantera Negra e que vai ganhar a sua série no Disney, que ainda segue sem data para estrear. Até lá, são apenas teorias dos fãs.

Ainda assim, é interessante ver tanto a Marvel adaptando histórias mais recentes de sua cronologia e não dependendo unicamente dos grandes clássicos como também o destaque que está sendo dado a um perfil diversificado de herói. Depois de uma jovem muçulmana em Ms. Marvel, teremos uma jovem negra salvando o dia em Coração de Ferro. E se Jovens Vingadores/Campeões realmente sair do papel, vai ser um belo time para representar a pluralidade do mundo de hoje.