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Qual o futuro de The Flash e Ezra Miller após polêmicas do ator?

Por| Editado por Jones Oliveira | 12 de Agosto de 2022 às 18h40

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Reprodução/Warner Bros.
Reprodução/Warner Bros.
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O futuro de The Flash nos cinemas se tornou uma grande incógnita com as novas manchetes policiais protagonizadas por Ezra Miller. As ocorrências envolvendo o ator se tornaram mais recorrentes e graves, ao ponto de a Warner Bros. cogitar desistir do lançamento de um filme de US$ 200 milhões para tentar minimizar os impactos das notícias negativas.

O comportamento errático e até agressivo de Miller já vinha sendo apontado como uma crise para a Warner há alguns meses, mas a situação se agravou nas últimas semanas quando os casos passaram a envolver crimes como roubo, assédio e até cárcere privado.

E como a empresa está reformulando sua estratégia e dando mais ênfase ao seu universo de super-heróis com o recém-criado DC Studios, toda a repercussão negativa trazida pelo ator em seus rompantes mundo afora passou a ser encarada como um risco para os negócios — a ponto de o Flash nunca ver a luz do dia.

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O que era ruim, ficou pior

O histórico de problemas vem desde 2020, quando o ator foi filmado agredindo uma fã na Islândia. A partir dali, as coisas começaram a escalonar a uma velocidade impressionante, passando por brigas em bar e até uma rápida passagem pela prisão no Havaí.

No entanto, o sinal amarelo acendeu mesmo depois que algumas famílias denunciaram o ator de ter agido de forma inapropriada com uma criança de 12 anos e ameaçado familiares. Em outro caso ocorrido na mesma época, ele foi acusado de intimidar e drogar uma jovem de 18 anos.

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Mas não há nada que não seja ruim que não possa piorar. Em meados de junho, uma denúncia apontava que Ezra Miller estava abrigando uma mãe com três crianças, com idades entre 1 e 5 anos, em uma de suas propriedades. A mulher alegava que era violentada pelo marido e que o protagonista de The Flash ofereceu ajuda.

O pai dos meninos nega a versão da esposa e entrou na Justiça americana alegando que o ator o impedia de ver os filhos e que o próprio espaço não era saudável para menores de idade, já que o consumo de drogas era liberado no local. Além disso, ele ainda alegava que havia várias armas na propriedade e que muitas delas estavam acessíveis para os pequenos. No começo de agosto, policiais tentaram entregar uma ordem judicial exigindo que a mulher e os filhos saíssem da propriedade e voltassem para sua casa.

Ezra Miller também foi acusado de roubo. Segundo relatórios policiais, ele teria invadido uma casa em Vermont — mesma região onde fica a propriedade em que ele abrigava a mulher com seus filhos — e roubado algumas bebidas alcóolicas. O dono do imóvel sentiu falta das garrafas e, ao olhar nas câmeras de segurança, identificou Miller como o responsável pela invasão e pelos furtos.

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Com isso, um processo criminal foi aberto contra o ator e ele terá de comparecer ao Tribunal Superior do estado em setembro para responder à acusação — o que vai gerar mais manchetes negativas para ele e, consequentemente, para o filme e o estúdio.

The Flash em xeque

Com um holofote tão ruim para um de seus maiores (e mais caros) projetos, a Warner parece ter chegado a um limite em relação à situação de Ezra Miller. Tanto que, de acordo com o site The Hollywood Reporter, os executivos da empresa já traçaram alguns planos para tentar contornar a situação — incluindo alguns bastante drásticos.

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Conforme fontes ligadas ao estúdio afirmaram à página, os produtores trabalham com três cenários possíveis. O primeiro deles é mais otimista e parte da ideia do próprio Miller aceitar ajuda. A Warner estaria em contato com familiares do ator, que indicaram um interesse do próprio jovem em buscar ajuda profissional para encarar os problemas que vem passando.

Assim, a proposta seria fazer com que ele aparecesse publicamente para explicar toda a situação, pedir desculpas e seguir nesse acompanhamento psicológico. Dessa forma, o lançamento de The Flash seria mantido sem qualquer grande alteração no planejamento, apenas limitando a participação do ator durante a divulgação do longa, semelhante ao que já foi feito com Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore.

Por outro lado, caso Miller se negue a procurar ajuda, o estúdio pode insistir na estreia do filme, mas com algumas mudanças importantes para o futuro. Isso incluiria, por exemplo, deixá-lo de fora de toda publicidade e ações envolvendo o herói e também encerrando sua participação em futuras produções. Isso significaria que o Flash seria reformulado e poderia ser interpretado por um novo ator no futuro — seja mantendo Barry Allen ou já introduzindo Wally West, por exemplo.

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Recentemente, o filme passou por algumas refilmagens e Ezra Miller estava presente nessas sessões. Não ficou claro, porém, se a Warner aproveitou essas novas cenas para deixar algum gancho para uma eventual substituição de seu protagonista.

Por fim, a terceira e última saída é a mais drástica e envolve o cancelamento de The Flash. Segundo o site, caso os executivos avaliem que o comportamento de Miller ultrapassou todos os limites ou mesmo se ele se envolver em novos problemas nos próximos meses, não está descartada a possibilidade de o projeto ser arquivado.

Essa seria a alternativa mais penosa, já que a produção está quase pronta e isso resultaria em um prejuízo milionário. Se o cancelamento de Batgirl já deu muito o que falar por causa de seus US$ 90 milhões, imagine uma das maiores apostas da Warner para 2023 cujo orçamento beira os US$ 200 milhões. Seria um escândalo sem precedentes.

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E como The Flash está previsto para chegar aos cinemas em 23 de junho de 2023, muita coisa pode acontecer até lá.

Fãs se mobilizam

Enquanto os executivos ainda tentam decidir o que fazer para apagar esse incêndio, os fãs já começam a se movimentar nas redes sociais. E, como tudo envolvendo o público, não há consenso sobre qual solução agradaria o público.

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Parte dos espectadores pedem que a Warner substitua Ezra Miller de uma vez por todas de The Flash e até sugerem que o ator Grant Gustin, que vive o velocista na série de TV, assuma o papel.

Há uma ala que sugere que o estúdio aproveitasse o uso do multiverso na trama para já fazer a mudança no elenco para uma eventual sequência. Outra parte, entretanto, quer que o novo ator protagonize o filme que chega aos cinemas em 2023 — o que elevaria os custos de produção a ponto de torná-lo inviável.

Ao mesmo tempo, há aqueles que se mostraram solidários a Miller e que, ao invés de pedirem sua cabeça, defendem que a Warner precisa apoiá-lo e oferecer toda a ajuda necessária para ele enfrentar todos os problemas que está encarando. De acordo com eles, o descontrole emocional do jovem chegou a um nível em que ele já representa um risco para si próprio e que, por isso, precisa de apoio e não de ataques e julgamentos por parte da mídia e do público.

De qualquer forma, essa é uma situação delicada que, de fato, não envolve mais apenas o futuro de um filme de gibi ou uma franquia cinematográfica, mas vidas — e que, por isso, exige realmente um cuidado especial.