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Mulan | 10 diferenças entre o live-action e a animação

Por| 12 de Setembro de 2020 às 22h00

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Disney
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O live-action de Mulan deu o que falar desde que sua produção foi anunciada. Isso porque, assim como todas as adaptações de clássicos da Disney, sua recepção foi mista: por um lado, parte do público ficou feliz em ter a chance de ver seu filme favorito repaginado por uma ótica diferente; já a outra parcela de fãs da animação se mostrou mais resistente diante da possibilidade de haver mudanças na história contada em 1998.

A Disney começou a adaptar seus clássicos animados para filmes live-action em 2010 com o lançamento de Alice no País das Maravilhas, cuja primeira adaptação para os cinemas pelas mãos do estúdio chegou em 1951, com músicas, humor e muita cor. Quase 60 anos depois, Tim Burton assumiu a direção da nova versão, e mesmo com uma pegada bem diferente do que os fãs já estavam familiarizados, teve uma recepção tão boa que ganhou uma sequência em 2016, com Alice Através do Espelho.

Com o sucesso, o Walt Disney Studios resolveu apostar em outro clássico, porém contando a história em um ponto de vista diferente, apresentando Angelina Jolie no papel de Malévola, que adaptou a história d'A Bela Adormecida no filme homônimo da vilã. Com o público amando o outro lado da história, outras releituras das animações foram encomendadas pelos estúdios, que possui datas reservadas para o lançamento de pelo menos mais 13 live-actions até 2023.

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Há quem diga que a companhia se perdeu e a decisão de adaptar obras clássicas acabou indo longe demais. Títulos como A Bela e a Fera e Dumbo (que repetiu a dose de Tim Burton na direção) acabaram não fazendo tanto sucesso assim. Com base nessas experiências, os fãs de Mulan acabaram ficando apreensivos com o que viria a ser o remake da guerreira chinesa.

Como se não bastasse a hesitação dos fãs com a adaptação live-action, outros obstáculos vieram pelo caminho: a diretora Niki Caro já havia comentado que as músicas cantadas na animação de 1998 não fariam parte de Mulan, assim como o dragão Mushu e o interesse romântico da guerreira, Li Shang. Essas modificações anunciadas previamente desanimaram o público, que até o lançamento na última sexta-feira (4) não dava nada pelo filme.

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Outro contratempo encontrado pelos estúdios foi a pandemia causada pelo novo coronavírus. A uma semana de estrear nas telonas ao redor do mundo, a OMS emitiu um comunicado com orientações de higiene e segurança para combater a proliferação e contágio. Com isso, redes de cinema tiveram de fechar as portas por tempo indeterminado. Já os estúdios tiveram de prorrogar o calendário de lançamentos para algum momento de 2020 ou 2021. Alguns filmes sofreram muito com isso, e Mulan foi um deles: sua data de estreia foi reagendada três vezes e ele até foi retirado do cronograma oficial da Disney. Finalmente, foi decidido que ele seria disponibilizado diretamente no Disney+.

Por sorte, as mudanças de personagens e ausência das músicas acabou não afetando no resultado do filme. Porém a versão live-action da história está tão diferente que o Canaltech resolveu listar as principais mudanças entre o desenho animado de 1998 e o remake de 2020.

10. Hua Jun e Ping

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Assim como o folclore chinês, a protagonista do live-action se chama Hua Mulan, enquanto na animação lançada em 1998 pela Disney é chamada de Fa Mulan. Quando a heroína está disfarçada, se passando por um homem diante do Exército Imperial, ela adota o nome Hua Jun.

Vale lembrar que na versão animada de Mulan, a protagonista adota o nome Ping ao se apresentar ao exército, sugerido por ninguém menos que Mushu.

9. Grilo

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Na animação, o Grilo é um presente da avó de Mulan que, segundo ela, traz sorte. Assim como Mushu, o personagem também não foi incluído na versão live-action da história, mas a produção deu um jeito de homenageá-lo por meio de um dos personagens.

Em Mulan (2020), o ator Jun Yu dá vida ao soldado Cricket (Grilo, em inglês), ao se apresentar à protagonista em sua chegada ao acampamento do exército, ele diz que foi batizado com esse nome como um amuleto de sorte. Diferente dos outros personagens, ele se mostra o integrante mais emotivo, sensível e carismático da equipe.

"Quero que meu personagem mostre que é realmente corajoso ter um coração, ser sensível e se importar com os outros", declarou o ator à revista People semanas antes da estreia do filme no Disney+.

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8. Mushu e a Fênix

A remoção de Mushu no live-action de Mulan pegou muitos fãs de surpresa, e para boa parte do público a decisão foi decepcionante visto que o personagem é um dos mais adorados do filme por suas piadas e tiradas espontâneas. A diretora Niki Caro chegou a se pronunciar várias vezes sobre a ausência do personagem no filme. Em janeiro, ela deu declarações dizendo que o personagem "faz sentido na animação, porém nessa versão há um representante espiritual dos ancestrais de Mulan, o que reforça o relacionamento dela com o pai", referindo-se à presença da Fênix, que embora não seja uma criatura falante como Mushu, cumpriu o papel de auxiliar a guerreira desde o início ao final do filme.

A cineasta também chegou a declarar que "Mushu era adorado como personagem da animação e um confidente de Mulan, mas a transposição para um filme levou a nos comprometermos com o realismo de sua jornada, e ela precisava ter aqueles laços com os outros soldados."

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7. Shang

A remoção de Li Shang do live-action de Mulan talvez tenha sido a mais polêmica de todas as notícias que antecederam o lançamento do filme. Com uma justificativa apoiada em movimentos como o #MeToo, que tem como objetivo denunciar casos de assédio sexual em ambientes de trabalho, o produtor Jason Reed veio a público várias vezes dizer que "ter um oficial comandante que também é o interesse amoroso e sexual era muito desconfortável e não apropriado" (via Collider).

Por conta disso, Li Shang foi dividido entre dois personagens diferentes no live-action: O Comandante Tung (Donnie Yen) que "serve como pai substituto e mentor de Mulan no decorrer do filme", segundo Reed; e Honghui (Yoson An), que assim como Hua Jun, é um soldado recém-alistado no Exército Imperial, cujo interesse amoroso fica subtendido conforme a trama se desenvolve.

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6. Família de Mulan

A avó de Mulan aparece poucas vezes na animação, mas tem um papel essencial: graças a ela, a protagonista tem a companhia de Grilo, afinal o inseto foi dado por ela para trazer mais sorte em sua vida. Ela também acaba dando humor ao final do filme, quando Shang aparece na casa da família, a protagonista o convida para jantar e a avó solta um "você não gostaria de ficar para sempre?"

No filme live-action, Mulan não possui uma avó, mas sim uma irmã mais nova. Hua Xiu (Xana Tang) tem grande proximidade com a irmã, morre de medo de aranhas e, ao contrário da protagonista, traz honra à família através do noivado, anunciado logo no final do filme.

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5. Vilões

No desenho animado temos a presença de Shan-Yu, líder dos Hunos e considerado também um dos mais impiedosos e cruéis vilões da Disney. Enquanto isso, na versão live-action somos apresentados a não só um, mas dois antagonistas do filme, Bori Khan (Jason Scott Lee) cuja aparência lembra muito a de Shan-Yu, mas seus interesses que motivaram a guerra são diferentes da do vilão animado.

Khan é um líder tribal implacável em busca de vingança pela morte de seu pai nas mãos do imperador chinês enquanto luta pela terra e pela cultura de seu povo. Ao seu lado, está a aliada Xian Lang (Gong Li), uma bruxa chinesa que entre as habilidades está inclusa a metamorfose.

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4. Músicas

Remover as músicas da adaptação live-action de Mulan também foi uma decisão muito questionada pelos fãs, principalmente tratando-se de um filme da Disney. Logo após anunciar a mudança, a diretora Niki Caro justificou sua escolha: "Não costumamos cantar quando vamos para a guerra. Não estou dizendo nada contra a animação. As canções são brilhantes, e se eu pudesse colocá-las lá, eu faria. Porém, honraremos a música do original de uma forma significativa", declarou em entrevista ao Digital Spy, no início do ano.

No filme, as músicas do filme original ganharam mudanças, mas ainda assim foram lembradas, como Niki Caro adiantou. "Honor to us All" e "Reflection", duas das faixas mais famosas da trilha sonora da animação foram reproduzidas numa versão instrumental em duas cenas diferentes: a primeira quando Mulan se arruma para o encontro com a casamenteira; a segunda é tocada logo após a batalha final da guerreira com Bori Khan.

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Há também referências para a canção "I'll Make a Man Out of You", cantada por Li Shang no longa de 1998, mas em vez de ser tocada instrumentalmente, o comandante Tung profere alguns versos em suas falas durante o treinamento do exército.

3. Treinamento do Exército Imperial

As cenas do acampamento em que Mulan se hospeda sob o nome de Hua Jun para treinar para o Exército Imperial são bem fiéis às da animação, porém um detalhe chama a atenção do espectador: no filme de 1998, Li Shang atira uma flecha em direção ao topo de um comprido tronco, exigindo que os soldados o escalem com dois pesos amarrados nos pulsos até pegar a flecha. No início, a tarefa parece ser fácil para os soldados, mas conforme o tempo vai passando, Li Shang perde as esperanças de alguém de sua equipe conseguir conclui-la, até que Mulan (ou Ping, na animação) consegue alcançar durante um treino incansável na madrugada.

No filme live-action, os soldados precisam carregar dois baldes cheios de água mantendo os braços firmes e retos enquanto escalam uma montanha cujo caminho parece não acabar nunca. Assim como na animação, leva dias para a equipe chegar ao topo da montanha sem derrubar os baldes ou se cansar no meio da trilha e, como esperado, Mulan é o primeiro soldado a conseguir.

2. A Guerra

Mulan é baseado na história chinesa de Hua Mulan do folclore A Balada de Mulan, que se passa no século VI, como já adiantamos. Porém, como na lenda, o live-action traz rivais diferentes na guerra: Mulan luta contra os invasores Rouran, não os Hunos, como mostrado na animação de 1998.

Historicamente, os hunos nunca atacaram a China; eles são popularmente confundidos com os Xiongnu, povo nômade que vivia ao norte das fronteiras da China. Os Rourans, que viveram no que hoje é a Mongólia, tiveram uma série de conflitos com a dinastia Wei do Norte durante o Século V.

1. A revelação da identidade de Mulan

Uma das principais mudanças do filme animado para o live-action é o momento em que a identidade real de Mulan é descoberta pelo resto do Exército Imperial Chinês. Assim como no desenho de 1998, o comandante bate muito na tecla da honestidade entre os integrantes da equipe, e como qualquer mentira pode levar à desonra para a família dos soldados.

Na animação, Ping é descoberto após se machucar gravemente na batalha contra os Hunos na neve, em que o vilão Shan-Yu corta seu abdômen e Mulan acaba desmaiando. Ao receber atendimento em sua barraca, o médico revela o segredo da guerreira a Li Shang e ao conselheiro Chi Fu, que a expõem diante de todos os seus colegas.

Por outro lado, revelar sua identidade é uma escolha feita por Hua Mulan no live-action. A decisão vem logo após a guerreira enfrentar cara a cara a bruxa Xian Lang, que não acreditou em sua mentira ao ouvir que seu nome seria Hua Jun. "Naquele dia Hua Jun morreu, mas Mulan sobreviveu", conta o narrador durante a cena em que a protagonista decide soltar os cabelos e se livrar da armadura antes de entrar na batalha contra os Rouran na neve, assim como na animação, porém sem se esconder por trás do disfarce masculino.

Mulan chega ao Brasil com o Disney+ no dia 17 de novembro e estará disponível a todos os assinantes da plataforma em dezembro. A animação, por sua vez, pode ser assistida pelo Globoplay.

Fonte: Cosmopolitan, Gamespot, Collider, Digital Spy, People