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Crítica Lupin | 2ª parte consagra Diop como o ladrão mais carismático da Netflix

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Não foi preciso esperar muito para termos a segunda parte de Lupin na tela da nossa televisão, computador ou celular. A série francesa, protagonizada por Omar Sy, acaba de voltar à Netflix em cinco novos episódios, dando continuidade à história de um ladrão extremamente habilidoso e que apenas quer vingança.

A primeira temporada chegou à plataforma de streaming em janeiro deste ano, se tornando um sucesso nas primeiras semanas do seu lançamento, deixando os fãs ansiosos pela continuidade. A trama conta a história de Assane Diop, um homem que, na adolescência, viu o seu pai ser uma vítima de conspiração, elitismo, racismo e corrupção, dedicando boa parte da sua vida para se aperfeiçoar na arte do roubo e conseguir a tão sonhada vingança.

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Atenção: esta crítica contém spoilers da segunda parte de Lupin!

Lupin chamou a atenção do público, primeiramente, por contar com um personagem principal extremamente carismático, mérito de Omar Sy, que já coleciona em sua carreira diversas produções bem-sucedidas. Além disso, a construção do personagem pode nos fazer lembrar de histórias de detetive antigas, uma vez que Diop se inspira no personagem da literatura que dá nome à série, Arsène Lupin, que no universo da trama conta com uma legião de fãs impressionados pelas suas habilidades nos roubos.

Torcemos para Diop do início ao fim, pois sabemos desde o começo que o pai do personagem poderia estar vivo se não fosse o alvo de um grande milionário, Hubert Pellegrini (Hervé Pierre), que havia o acusado de roubar um colar de diamantes do Louvre, que teria pertencido à Maria Antonieta. A premissa em si também desperta a sensação de que estamos vendo Lupin incorporado no protagonista, a deixando mais emocionante. Juntando tudo isso em uma série, a fórmula do sucesso está pronta.

A série foi retomada do exato ponto em que havia terminado, mostrando que o filho de Diop, Raoul (Etan Simon) havia sido sequestrado, sendo a primeira metade da trama focada nos esforços de conseguir recuperar o jovem em segurança. É claro que este momento desesperador não seria um empecilho para que o nosso ladrão preferido interrompesse os seus planos. Inclusive, ele segue com a missão de vingança com mais "sangue no olho" do que nunca, se tornando uma das pessoas mais procuradas da França.

Diferente de outras histórias de ladrões, como da espanhola La Casa de Papel, por exemplo, Lupin não foca no grotesco e não traz cenas pesadas de assassinatos, ainda que esses crimes existam. Diop não é um grande vilão, não é uma pessoa que tortura ou mata de forma banalizada para chegar aonde quer. Ele não é "do mal". A forma na qual ele executa os seus crimes é baseada em uma habilidade que beira o surreal, o que nos apresenta a um personagem inteligente e de raciocínio rápido.

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O carisma e habilidade de Diop, em um certo momento, chega a um ponto em que até a polícia se vê do lado dele, uma vez que ele acaba trazendo um crime muito maior para ser, finalmente, desvendado, livrando a reputação do pai que morreu na cadeia. Até mesmo nós, espectadores, somos surpreendidos com ações do ladrão que não estávamos esperando que acontecesse.

Lupin não perdeu a sua essência aventureira na segunda temporada e segue impecável, com os novos episódios nos trazendo os mesmos sentimentos que nos entreteram na primeira parte, sem reviravoltas desnecessárias e totalmente apropriada para diferentes idades, tudo isso junto às belas paisagens de Paris, flashbacks da adolescência de Diop, se aprofundando na sua personalidade, e um leve toque de romance.

A segunda parte de Lupin já está disponível na Netflix!