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Loki | Por que as Joias do Infinito não funcionam na TVA?

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Junho de 2021 às 18h30

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O episódio inicial de Loki no Disney+ trouxe uma série de surpresas em termos de história. A gente já sabia que o Deus da Trapaça acabaria passando por realidades diferentes após sua fuga com o Tesseract em Vingadores: Ultimato, mas alguns dos eventos apresentados na estreia do seriado estavam completamente fora do radar até das mais loucas teorias dos fãs. É o caso da inutilidade das Joias do Infinito.

Ao tentar recuperar o artefato para fugir da Autoridade de Variância Temporal (TVA, na sigla em inglês), Loki percebe não apenas que o artefato não tem utilidade nenhuma lá dentro como também que o escritório atemporal tem uma quantidade enorme de joias em seu poder — a ponto de poder usá-las como peso de papel.

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Só que não ficou nada claro por que os itens mais poderosos da existência e que movimentaram todo o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) se tornaram bijuterias baratas dentro dos escritórios da TVA. Afinal, o que explica essa mudança de status tão brusca?

Seria apenas uma piada?

E existem várias possíveis explicações para isso, embora nenhuma oficial até o momento. Não sabemos se a Marvel pretende trazer mais detalhes sobre essa questão ao longo dos próximos episódios ou se vai deixar esse detalhe apenas como uma piada dentro da série. Por enquanto, só podemos especular.

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A primeira explicação é que tudo não passou de uma piada mesmo. A Marvel precisava tirar o Tesseract de cena para fazer o roteiro andar e evitar que a gente ficasse se perguntando por que ele não pegou o artefato e fugiu de uma vez por todas da TVA. E a forma encontrada foi bem ao estilo do estúdio, fazendo troça em cima de um item até então todo-poderoso e mostrando como ele é inútil ali. Basicamente, é a Marvel dizendo para a gente não pensar muito nisso.

Fora da realidade

O problema dessa explicação é que ela ainda deixa algumas pontas soltas e isso é terreno fértil para as teorias. Seria muito mais fácil para o roteiro dizer que os Homens-Minuto devolveram a joia para sua realidade de origem ou que ela foi resetada junto com a realidade onde Loki foi capturado, mas eles fizeram questão de destacar que o Tesseract é apenas mais um entre tantas outras joias que a TVA tem em seus escritórios. Mas por quê?

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É aí que entra outra explicação possível: a TVA está simplesmente além do que as joias alcançam. No próprio episódio, o Agente Mobius explica que o tempo passa de forma diferente na agência, dando a entender que ela não está ligada à Linha do Tempo Sagrada e mesmo ao multiverso. É como se ela existisse deslocada do tempo e espaço, quase como sendo uma espécie de não lugar, destacada da própria realidade.

Assim, levando em conta que cada uma das joias manipula uma dimensão do mundo — o Espaço, o Tempo, a Realidade, o Poder, a Mente e a Alma —, elas simplesmente seriam inúteis em um lugar que não é regido por esses elementos. Como controlar o tempo em um mundo em que esse conceito inexiste? Se ele é um não-lugar, como dominar o espaço? É quase como se a TVA existisse além da lógica das joias.

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Essa teoria explica muito bem por que o Tesseract se tornou inútil em suas dependências, mas abre margem para que o artefato ainda possa ser usado em outros locais. Dessa forma, com a posse da joia, bastaria Loki visitar qualquer outra realidade para que o artefato volte a funcionar e fugir da TVA. Seria uma vida de constante fuga, é verdade, mas a possibilidade existe — e essa poderia ser a explicação para que o outro Loki do episódio continue foragido.

Em compensação, apesar de elas serem inúteis dentro da agência, elas ainda seriam vistas como itens muito poderosos e provavelmente não estariam guardadas em gavetas e muito menos servindo de peso de papel.

Cada joia no seu quadrado

Outra explicação dada para as joias não funcionarem na TVA é ainda mais ampla. Segundo apontam algumas teorias, as Joias do Infinito só teriam poder sobre a sua realidade original, sendo neutralizadas quando deslocadas para outro mundo.

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Essa lógica parece estar de acordo com aquilo que o próprio MCU propôs em Guardiões da Galáxia, quando apresenta a origem das joias. Nesse filme, elas surgiram durante o Big Bang como uma remanescência das seis forças que existiam antes da criação. Assim, esses itens nada mais seriam do que uma concentração das forças que moldaram aquele universo em específico, ou seja, aquela realidade. Assim, quando elas vão para outra dimensão, não existe mais essa relação com as forças primordiais e perdem sua força.

Seguindo essa linha de raciocínio, o Tesseract não foi inutilizado por causa da Agência de Variância Temporal, mas porque saiu de sua realidade de origem. Isso explicaria porque os agentes não veem as joias mais como uma ameaça, ao mesmo tempo em que tira um pouco da onipotência da TVA que a série propõe.

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Essa justificativa é apresentada inclusive nos quadrinhos. Em uma edição de 2003 do crossover dos Vingadores com a Liga da Justiça, o vilão Darkseid consegue a Manopla do Infinito e as joias, mas não consegue usá-las por estar fora da realidade em que elas foram concebidas. Em outra história mais recente, o Senhor Fantástico também descobre que elas não têm poder fora de seu universo original.

É claro que ela abre espaço para a gente questionar a própria viagem temporal dos Vingadores, que é explicada em Ultimato como a criação de novas realidades. Mas, de novo, a Marvel não quer que a gente pense muito nisso.

Consequências para o MCU

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Como falamos antes, é bem provável que nem mesmo a Marvel tenha uma explicação muito aprofundada sobre o porquê de as Joias do Infinito não funcionarem na TVA além de uma saída de roteiro em forma de piada. Ainda assim, é possível que uma justificativa tenha que ser dada em algum momento pelo bem do próprio MCU.

As ações dos heróis em Vingadores: Ultimato é uma brecha enorme para os próximos filmes: em tese, qualquer vilão poderia viajar no tempo, recuperar as joias em períodos históricos distintos e então dominar o mundo. Tudo bem que nem todo mundo consegue voltar no tempo, mas a gente já sabe que um dos vilões da Fase 4 é Kang, O Conquistador, que é conhecido sobretudo por ser um viajante temporal.

Então, a série Loki também pode servir como o fechamento para as Joias do Infinito nesse universo a fim de impedir que elas sejam sempre usadas como ameaça ou solução de histórias futuras. Ao deixar claro por que o Tesseract e os demais artefatos não funcionam com a TVA, a Marvel pode deixar esses itens no passado e se preocupar apenas com as suas próximas aventuras, sem precisar estar sempre remetendo a elas de uma forma ou de outra.

Ou isso, ou o estúdio vai pedir para a gente não pensar muito nisso de novo.