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Crítica Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe | Comédia entrega sangue e diversão

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/ Universal Pictures
Reprodução/ Universal Pictures

Não é de hoje que os filmes de vampiro chamam a atenção do público e da crítica especializada. Com várias opções disponíveis, o espectador pode escolher desde aqueles teens com vampiros que brilham (como os da saga Crepúsculo), até aqueles mais cults que exploram a figura do famoso Conde Drácula. Em abril de 2023, chega aos cinemas mais uma opção. Trata-se de Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe, do diretor Chris McKay. Brincando com elementos do terror, mas bebendo mais da fonte da comédia, o longa é uma boa alternativa para quem quer se divertir e dar algumas risadas.

Para começar, a trama acompanha o jovem (nem tão jovem assim) Renfield, um homem que trabalhava como corretor de seguros e que ambicionava fechar o negócio dos sonhos para conseguir dar à família a vida que sempre sonhou. Movido a esse desejo, ele é apresentado a um nobre da alta sociedade, o Conde Drácula, que o apresenta um mundo dos sonhos, mas acaba o transformando em um familiar — espécie de escravo que além de cuidar da casa tem que conseguir vítimas para ele se alimentar.

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Já cansado desse trabalho, mas ainda caçando pescoços para o patrão, Renfield entra em um grupo de ajuda para codependentes de pessoas tóxicas. É a partir de então, que sua vida se transforma completamente e ele encontra a chave para se livrar das garras do vampiro mais poderoso de todos os tempos.

Um ótimo Drácula e um excelente lacaio

Focado em criar um Drácula para chamar de seu, McKay — que também assina A Guerra do Amanhã e Uma Aventura Lego — investiu no controverso Nicolas Cage para viver o personagem central, e podemos dizer que ele acertou na mosca.

Sagaz e abusando das expressões faciais, Cage conseguiu criar um Lorde das Trevas (como o vampiro também é conhecido) inteligente, esguio, simpático e macabro ao mesmo tempo. Como não consegue se expressar muito bem devido à prótese com uma infinidade de dentes que usa na boca, o ator abusou do corpo e do rosto para dar o tom ao personagem.

A tal prótese em questão atrapalha em alguns momentos, mas também é um belo trabalho da maquiagem e da caracterização que acerta não só nos dentes como nas roupas do Senhor da Morte, afinal um Drácula não é um Drácula sem a sua bela capa, não é mesmo?

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Como antagonista ao vampiro, temos o seu lacaio, o personagem que dá nome ao título do filme; Renfield, vivido brilhantemente por Nicholas Hoult. O ator que já participou de produções como Mad Max, Um Grande Garoto e Meu Namorado é Um Zumbi, aparece mais expressivo em cena e não tem dificuldades em oscilar entre a raiva e a ternura. Seu personagem nada se parece com o Tyler, de O Menu, que não passava de um bobão deslumbrado.

Outro ponto positivo é que sua altura (o ator mede 1,90 metro) em comparação com a de Awkwafina (1,55 metro) que vive a policial Rebecca Quincy é um bom contraponto e faz com que as cenas da dupla fiquem ainda mais cômicas.

Awkwafina se destaca, mas coadjuvantes não surpreendem

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Ainda falando na atriz que vive a destemida policial Quincy, o que se pode dizer é que ela é uma ótima adição ao longa. Com humor na medida certa, Awkwafina joga bem tanto com Renfield quanto com Drácula, e ainda consegue sustentar as cenas no departamento de polícia, contracenando com atores que pouco agregam à obra.

Com exceção dela, os outros coadjuvantes não enchem os olhos. Ben Schwartz vive Lobo, um traficante bobo e mimado, Shohreh Aghdashloo dá vida a uma criminosa sádica, e o restante não é memorável o bastante para ganhar destaque. A exceção fica com Jenna Kanell, que vive Carol, uma das participantes do grupo de ajuda à codependentes. Mesmo com pouquíssimas falas, ela mostra que tinha potencial suficiente para ganhar mais tempo de tela, se possível fosse.

Um vampiro no melhor estilo Sessão da Tarde

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Fazendo uma miscelânea de humor, terror e ação, Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe é um filme com cheirinho de Sessão da Tarde, e uma boa opção para quem quer reunir os amigos e rir um pouco. O longa tenta misturar sangue, romance, perseguição policial e tudo mais que é possível e entrega o esperado; uma trama simples, mas bem executada que agrada se as expectativas estiverem alinhadas.

Sendo assim, o filme vale a entrada no cinema, mas não se firma como uma experiência memorável, daquelas que você nunca mais vai esquecer. Quem quiser dar uma chance à história, pode garantir as entradas pelo site do ingresso.com.